O Dia da Favela foi comemorado nessa quarta-feira (04/11). Entre várias ações organizadas por comunidades por todo o Brasil, uma que chamou atenção foi a realizada pela Central Única das Favelas – CUFA no Rio de Janeiro. No início da manhã, foi inaugurado o monumento “Favela ama o Rio” no Largo da Carioca, abrindo as atividades.
Inspirado em um monumento da capital holandesa Amsterdã, a versão “favelada” coloca um coração entre as palavras Favela e Rio, deixando claro que, se há alguma diferença entre morro e asfalto, serve para fazer com que um complete o outro.
A favela ama o Rio e o Rio pode amar a favela. Essa é uma idéia que o Dia da Favela quer passar. Vista como um local de miséria e violência, as favelas são, também, pólos culturais com um poder humano e social muito forte. “Favelado” não precisa ser um termo pejorativo.
A responsável pela organização das comemorações, principalmente (mas não apenas) no Rio de Janeiro, é a CUFA, que representa as comunidades junto à instituições públicas ou privadas. A parceria dos anos anteriores com a Globo Rio e a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos foi mantida e promoveu mostras, oficinas, palestras, debates, e diversas apresentações, como o cantor Daniel (Veja fotos aqui).
A lei municipal nº 4383/06 é do Rio de Janeiro, mas a data foi comemorada em outros estados. Entre os eventos cadastrados oficialmente, houve atividades na Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo.
A data foi escolhida por ser a mesma do primeiro registro oficial sobre uma favela. O relato de um delegado ao chefe de polícia Dr. Enéas Galvão em 4 de novembro de 1910 trata o Morro da Providência como um problema social.
Presidente de Honra da CUFA, Nega Gizza assina uma letra do monumento
Rapper MV Bill, fundador da CUFA, também deixou seu recado
Sandra de Sá foi outra celebridade que acordou cedo para abrir as atividades do Dia da Favela
