A ausência do meia holandês Wesley Sneijder no grupo de três finalistas da disputa pelo troféu Bola de Ouro da Fifa foi muito criticada nesta terça-feira por personalidades do futebol da Itália e a imprensa do país.
‘Carrasco’ do Brasil na Copa do Mundo deste ano, na África do Sul, ao marcar os dois gols de sua seleção na vitória por 2 a 1 nas quartas de final, Sneijder foi preterido por três jogadores do Barcelona – os meias Xavi e Andrés Iniesta e o atacante Lionel Messi.
O jornal “La Gazzetta dello Sport” classifica em sua edição de hoje a decisão dos jurados como “muito discutível”. A publicação recolhe ainda as declarações de Sneijder ao jornal holandês “De Telegraaf”, nas quais se declara “muito decepcionado” por não ser um dos finalistas.
“É óbvio que estou muito decepcionado, mas não posso fazer nada. Todos me pedem que diga algo, mas a verdade é que não há nada que possa ser dito”, disse Sneijder, que acrescentou que agora só pensa em conseguir o título do Mundial de Clubes.
Os defensores da inclusão de Sneijder entre os finalistas lembram que o meia foi um dos artífices dos títulos conquistados pela Inter na última temporada – Liga dos Campeões, Copa da Itália e Campeonato Italiano -, além de ter brilhado com a seleção holandesa no Mundial.
O argentino Javier Zanetti, capitão do Inter, considerou “absurdo” que seu companheiro de time tenha ficado de fora da lista final, e acrescentou que seu compatriota e também jogador da Inter Diego Milito seria outro candidato em potencial ao prêmio concedido pela Fifa e a revista francesa “France Football”.
O presidente do clube italiano, Massimo Moratti, afirmou que “é injusto que concedam a Bola de Ouro a alguém que não teve o mesmo nível de rendimento ao longo de todo o ano”, pois, alegou, “no ano passado Sneijder teve uma temporada fenomenal e ganhou tudo o que podia ganhar em matéria de clubes”. Para o presidente da Federação Italiana de futebol, Giancarlo Abete, o meia holandês “merecia pelo menos estar no pódio da premiação”.