Michael Jackson: 10 discos fundamentais
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O disco póstumo de Michael Jackson, Michael, tem lançamento mundial nesta terça (14).
Muita gente criticou o álbum, montado a partir de faixas inéditas do cantor, muitas incompletas. Entre os que não gostaram, estão a família do Rei do Pop e will.i.am, do Black Eyed Peas. Ouvindo o álbum, muito fã deve dar razão a eles. Michael é um disco mirrado, uma junção de cacos, numa discografia onde pairam gigantes perfeccionistas como Thriller, Bad e Off The Wall.
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Pouco se ouve aqui do Michael inovador, afiado, versátil e confiante que marcou suas melhores fases. Michael combina mais com seu último álbum de estúdio em vida, Invincible, cheio de baladas açucaradas e sentimentais, expressão de um personagem triste, frágil e distante da vida real.
Resumindo, o disco serve mais para matar (e explorar) a saudade dos milhões de fãs do cantor. Em termos artísticos, pouco acrescenta à obra de Michael Jackson. Acrescentará mais aos cofres da gravadora Sony, certamente
AS FAIXAS
O disco começa em modo ultra-meloso com Hold My Hand. O convidado Akon cai muito bem aqui, com seu timbre caramelado. Depois é a vez de Hollywood Tonight, onde Michael anima com um batidão funkeado e ofegante. A letra fala de uma aspirante a estrela que faz de tudo para vencer em Hollywood.
Uma das melhores músicas do disco é Monster, onde a doçura e delicadeza de Michael Jackson se contrapõe com a carranca e agressividade de 50 Cent. Quando o rapper entra, as batidas soam como rajadas de metralhadora. Pena que sua intervenção seja curta.
O primeiro single, Breaking News, é um ataque direto à mídia que o cantor por três décadas. A levada lembra muito sua fase Dangerous, de 1991. O produtor é o mesmo: Teddy Riley.
Outro destaque do álbum é Behind The Mask, onde Michael Jackson ataca de electro! Um dos grooves mais modernos do disco, cheio de detalhes sintéticos, vozes robóticas e teclados sinuosos. Talvez não precisasse do saxofone… mesmo assim é uma das melhores faixas do disco.
