Redação Central, 7 mar (EFE).- As mulheres avançam dia a dia em direção à igualdade, na América ganham terreno na política, na Ásia impulsionam mudanças na realeza, na Europa brigam por aumentar sua presença em cargos de direção, e no Oriente Médio suas vozes já ecoam nas revoltas.
No Dia Internacional da Mulher, data celebrada nesta quinta-feira, as estatísticas mostram que a desigualdade de gênero se manifesta em todos os âmbitos e que as barreiras sociais, culturais e econômicas seguem excluindo as mulheres, que ainda têm de enfrentar a violência.
A América Latina já conta com três presidentes mulheres, a brasileira Dilma Rousseff, a costarriquenha Laura Chinchila e a argentina Cristina Kirchner. No México, Josefina Vázquez, do governante Partido Ação Nacional (PAN), pode se transformar na primeira presidente do país com reais opções de vitória no pleito de julho, embora seja longo o caminho a percorrer.
A principal preocupação nestes países governados por mulheres continua sendo a violência de gênero, e apesar de em todos terem sido aprovadas leis específicas, não foi possível reduzir significativamente os índices de violência.
Doze latino-americanas figuraram na lista das 150 mulheres mais valentes do mundo conforme a lista da revista americana “Newsweek”.
Na lista aparecem as presidentes da Argentina e do Brasil, assim como a ex-governante do Chile Michelle Bachelet, as argentinas Avós da Praça de Maio, a grafitera brasileira Panmela Castro, a líder estudantil chilena Camila Vallejo, a blogueira cubana Yoani Sánchez e a procuradora-geral do Estado da Guatemala, Claudia Paz y Paz.
O Dia da Mulher Trabalhadora é comemorado neste ano nos EUA em meio à polêmica em torno da cobertura das despesas com anticoncepcionais por parte das empresas e com mais de 14 mil novos postos para mulheres nas Forças Armadas.
Na Austrália, as autoridades eliminaram as restrições que impediam as mulheres militares desempenhar trabalhos na frente de combate nas mesmas condições do que os homens.
No Japão, o Governo acolheu em fevereiro o primeiro debate sobre se as mulheres da família imperial deveriam reter o status real em caso de casamento com plebeus.
O movimento feminista de maior destaque na China foi o “ocupa WC”. Universitárias ocuparam banheiros masculinos em cidades como Pequim e Cantão, reivindicando a construção de locais públicos para elas.
Apesar dos avanços que representaram as revoltas para a democracia no mundo árabe, não houve melhoria significativa dos direitos das mulheres, que perderam representação nas novas instituições.
Segundo o Mapa Mundial da Mulher na Política 2012, recentemente apresentado na ONU, somente 10,7% dos membros do Parlamento é de mulheres nos países árabes, a região do mundo com menor presença feminina neste âmbito.