Os 20 clubes da primeira divisão do Campeonato Inglês gastaram 1,6 bilhão de libras (1,92 bilhão de euros) com salários durante a temporada 2010-2011, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira pela empresa de consultoria e auditoria Deloitte.

As equipes da Premier League desembolsaram 14% mais em salários do que na temporada anterior, uma percentagem maior que o aumento de 12% de sua receita, que, em conjunto, somou 2,27 bilhões de libras (2,724 bilhões de euros).

O Chelsea, do magnata russo Roman Abramovich, foi o clube que pagou os salários mais elevados em números absolutos, com uma despesa de 191 milhões de libras (229 milhões de euros).

Em números relativos, o Manchester City, propriedade do xeque Mansour bin Zayed, membro da família real de Abu Dhabi, investiu em salários 114% de sua receita, enquanto o Manchester United, adquirido em 2005 pela família americana Glazer, não dedicou mais que 46% de seus rendimentos aos vencimentos do elenco.

O responsável pelo estudo, Dan Jones, assinalou que “em poucos anos” os salários passaram a representar mais de 70% da receita dos clubes da primeira divisão inglesa, um número que “se mantivera em torno de 60% durante a última década”.

Devido à crise, a receita por venda de ingressos não aumentou nas últimas temporadas, afirmou o analista, que advertiu que a entrada de capital através dos direitos televisivos registrará um “crescimento limitado” nos próximos anos.

Apesar do aumento da despesa com salários, os clubes da Premier League conseguiram reduzir sua dívida durante a temporada 2010-2011 em 351 milhões de libras (420 milhões de euros). Com isso, a dívida total agora é de 2,4 bilhões de libras (2,88 bilhões de euros). 


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Equipes do Campeonato Inglês gastaram quase 2 bilhões de euros em salários