Apesar das exigências do governo de Israel, que cobravam um reforço da segurança em Londres para proteger seus atletas, nadadores da equipe olímpica israelense se queixaram da falta de policiamento na piscina em que treinaram nesta semana, informou nesta quinta-feira o jornal “Yedioth Ahronoth”.

Cinco nadadores israelenses e dois treinadores trabalharam durante cinco dias em uma piscina universitária do distrito de Corby, a cerca de duas horas de Londres, que não tinha nenhum controle de acesso e nem guardas na entrada, um fato que os atletas consideraram arriscado, principalmente após o atentado suicida na Bulgária.

Um membro da delegação olímpica que preferiu não se identificar qualificou o fato como “irresponsável” e assegurou que “essa situação é assustadora porque trata-se dos Jogos Olímpicos, com todas as implicações de segurança e terrorismo global. É estranho pensar nesta falha, levando em consideração o ocorrido na Bulgária”, aponta o jornal em sua versão online.

O treinador Leonid Kaufman disse, no entanto, que não se sentiu inseguro e considerou que polícia britânica estava protegendo a região.

O Shin Bet, o serviço de inteligência interior israelense, considera que a responsabilidade neste caso, com atletas fora de Londres, é do Ministério de Esportes, que, por sua vez, deveria ter solicitado proteção especial para a equipe de nadadores.

No entanto, este mesmo ministério acusou a delegação israelense de não ter informado sobre o deslocamento de seus atletas a Corbi e advertiu que abrirá uma investigação para analisar o ocorrido.

O presidente da Associação de Natação de Israel, Noam Zvi, assegura que a responsabilidade é do Comitê Olímpico, já que este órgão que organizou o treino da equipe israelense fora da vila olímpica, enquanto a polícia britânica assegura que a segurança da região é “muito bem-sucedida”.


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Nadadores israelenses se queixam da falta de segurança em Londres