Frequentes no futebol, os cabelos “exóticos”, como os penteados de Neymar e Fábio Ferreira, ainda não ganharam espaço no vôlei. Murilo, maior pontuador do Brasil contra a Rússia na última terça-feira (31) nas Olimpíadas, acredita que isso acontece por causa da cultura do esporte.
“Não sei explicar, talvez seja a cultura do vôlei, desde as categorias de base somos instruídos dessa maneira, a sermos mais discretos”, disse o ponta em entrevista exclusiva ao Virgula Esporte.
Perguntado se toparia um dia usar um visual diferente como os boleiros, Murilo foi taxativo. “Quase impossível. Nada contra, só não combina comigo”, garantiu.
Apesar de adotar o visual mais discreto, o ponteiro da seleção não vai para a quadra sem o seu “ritual de beleza”.
“Não me considero metrossexual, a única coisa que faço antes de entrar em quadra é usar gel no cabelo”, afirmou. “Dou uma atenção maior para o cabelo e a barba. A Jaque (Jaqueline, sua esposa e também jogadora) até tentou comprar cremes para o rosto, mas não consegui usar nem dois dias e cansei”, complementou.
Mesmo sendo pouco cuidadoso, o atleta brinca sobre se achar “bonitão” assim como seus companheiros de seleção. “Todos se acham bonitões (risos), mas ninguém exagera (nos cuidados), fica todo mundo com o básico mesmo”, disse Murilo.
Essa beleza do capitão fica evidente dentro de quadra. A cada saque do jogador, a gritaria das mulheres nas arquibancadas é intensa. Apesar do assédio, o atleta garante que isso não rende problema “em casa”.
“É normal, elas gritam bastante, sei que é uma coisa de fã, elas querem tirar uma foto, conversar e isso é muito bacana. Estamos juntos há muito tempo, então, para a Jaque, é bem tranquilo, sabemos bem respeitar os fãs uns dos outros e nunca tivemos problema algum”, finalizou.