Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada nesta segunda-feira (22), o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, descartou qualquer possibilidade de convocar Kaká e Ronaldinho Gaúcho juntos para a disputa da Copa das Confederações deste ano. Segundo ele, apenas um deles estará na lista final para a competição.
“Não, 90% de chance que não. Dei chances aos dois, vou dar mais uma ao Ronaldinho agora. Minha ideia é que não joguem juntos, não. Não tive como testar os dois juntos nos amistosos por causa dos momentos diferentes que viviam. É provável que eu leve um e não leve o outro”, disse Felipão.
Convocado apenas uma vez por Felipão nesse retorno à seleção, no empate em 1 a 1 com a Rússia, Kaká parece estar um passo atrás de Ronaldinho, que terá uma nova chance nesta quarta-feira (24), no amistoso contra o Chile, no Mineirão, para convencer o comandante brasileiro.
Neymar
Além de Kaká e Ronaldinho Gaúcho, outro assunto abordado por Felipão foi o atacante Neymar. O treinador negou que esteja mimando o jogador do Santos e disse que o camisa 11 precisa ser preservado.
“Não diria mimar. Mas ele tem muitos contratos, tem muitas situações fora do futebol em que é envolvido. Se eu conseguir preservá-lo na seleção, vai ter mais descanso. Futebol é corpo, tem que estar inteiro, voando…Na Europa, trabalha-se de forma diferente esse aspecto. A mídia não tem tanto acesso. O clube não permite, toma conta das áreas comerciais”, afirmou.
Sobre o futuro do jogador, Felipão disse que uma transferência de Neymar para a Europa seria benéfico para a seleção, mas ele não a vê como algo necessário no momento.“Eu vi o Neymar melhorar muito nos últimos dois anos, com o Muricy (Ramalho) no Santos. Se ele quiser ir, vai ser ótimo. Para a Seleção seria bom. Mas ele não precisa ir”, afirmou.
Sobre a opção de utilizar um volante de marcação e deixar de lado a ideia imposta por Mano Menezes, que usar jogadores com um potencial ofensivo maior, como Paulinho e Ramires, Felipão relembrou os títulos recentes do Brasil para justificar sua escolha.
“A seleção ganhou em 1994 e quem eram os volantes? Mauro Silva e Dunga. 2002? Gilberto Silva e Kleberson. Essa história de volante goleador é muito bonita para a imprensa. É bonito, só não é bonito para o técnico e o time. Quando tu tens laterais como os nossos, Daniel Alves e Marcelo, tem que ter proteção”, finalizou.