Contando com a força de um Estádio da Luz lotado, o Benfica venceu nesta quinta-feira (02) o Fenerbahçe por 3 a 1, revertendo a desvantagem do jogo de ida, e se garantiu na decisão na Liga Europa, em que enfrentará o Chelsea, no dia 15 de maio, em Amsterdã.

O grande nome da vitória encarnada foi o centroavante paraguaio Óscar Cardozo, que marcou o segundo e o terceiro gols de sua equipe, este último, que valeu a vaga na final, depois que o holandês Dirk Kuyt empatou placar aberto pelo argentino Nicolás Gaitán.

Com a vitória, o time lisboeta volta a uma final de competição continental após 23 anos. Na última vez que decidiu um título, a equipe perdeu a então Copa dos Campeões da Europa, para o Milan, em Viena.

O último título encarnado aconteceu bem antes, na temporada 1961/1962, quando conquistou a Champions, com a vitória sobre o Real Madrid, por 5 a 3, em Amsterdã.
A única final benfiquista na Copa da Uefa, que antecedeu a Liga Europa, foi em 1982/1983.

Na decisão em dois jogos, a equipe perdeu em casa para o Anderlecht por 1 a 0, em casa, e depois não passou de um empate em 1 a 1, no jogo realizado em Bruxelas.

Para o jogo, quatro brasileiros entraram em campo: Artur, Luisão e Lima, pelo time português, e Cristian pela equipe turca. Nas escalações, o Benfica trouxe novidades por entrar em campo com força máxima, já que o técnico Jorge Jesus vinha promovendo um rodízio no time titular nas partidas da competição.

Sem outra opção, que não atacar o adversário, o time da casa partiu para cima. E chegou ao gol ainda aos 9 minutos de jogo, quando Lima fez ótima jogada e cruzou para trás, encontrando Gaitán, que encheu o pé para abrir o placar.

Ainda que mais presente no campo ofensivo, o Benfica acabou cedendo o empate em lance muito polêmico aos 21 minutos de jogo. O francês Stéphane Lannoy marcou pênalti em toque de mão de Garay. Na origem da jogada, no entanto, o trio de arbitragem não notou impedimento de Sow, o que gerou muita reclamação dos benfiquistas.

Na cobrança, o Kuyt cobrou com categoria, empatando o placar para o time turco. Com a igualdade, o Fenerbahçe passava a ter a vantagem do gol fora de casa, enquanto a equipe lisboeta precisava vencer com margem de dois gols para avançar.

A partir daí o massacre vermelho começou. Primeiro, Cardozo ficou perto de marcar aos 31 minutos. Logo depois, aos 33, em cobrança rápida de falta, o centroavante paraguaio recebeu na entrada da área de Pérez e bateu rasteiro, sem dar chance para Demirel defender.

Pouco antes do gol, o volante Cristian recebeu cartão amarelo por uma falta em Pérez, o terceiro na competição, que o tiraria de uma eventual final.

O segundo tempo foi, praticamente, um jogo de ataque contra defesa, ainda assim, o Benfica esbarrava na forte marcação do time turco. Aos 4, o goleador Cardozo até tentou chegar ao gol, finalizando da entrada da área, mas errando o alvo.

Sempre um perigo dentro da área, o paraguaio mostrou porque é a referência dos Encarnados e, aos 21 minutos do segundo tempo, fez o terceiro do Benfica, em jogada iniciada em cobrança de lateral. A bola sobrou para Luisão, finalizou travado pela zaga e sobrou para Cardozo anotar seu segundo no jogo e o quarto na Liga Europa.

Precisando marcar para se classificar, o Fenerbahçe foi para o tudo ou nada, principalmente nos 15 minutos finais, com direito a entrada do atacante Stoch no lugar do zagueiro Yobo, isso depois de o técnico Aykut Kocaman ter sido obrigado a fazer duas mexidas por lesão, com saídas de Topuz e Gönül.

O meia eslovaco ainda teve uma grande chances de balançar as redes aos 35 minutos do segundo tempo, chutando forte de fora da área, mas parando em ótima defesa de Artur, na melhor chance do time turco nos minutos finais.

Faltando dois minutos para o tempo regulamentar, o paraguaio Cardozo teve a chance de ser ovacionado pelo torcedor que lotou o estádio da Luz, quando foi substituído pelo meia Urretavizcaya. Depois, o Benfica só precisou esperar o apito final para explodir de felicidade pelo retorno a uma final continental.


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Benfica bate Fenerbahçe e volta a uma final continental depois de 23 anos