Maior nome feminino do sertanejo atual, Paula Fernandes, 29 anos, é uma das cantoras e compositoras mais requisitadas para duetos na atualidade. Para ela, no entanto, esse tipo de parcerias deve ocorrer por afinidade e “não pode ter cunho comercial”.

A popstar defende, em entrevista ao Virgula Música, que “o universo sertanejo sempre foi dominado por homens”. “Até mesmo pela referência inicial do homem do campo ou o cowboy. Ao mesmo tempo, a sensibilidade feminina cabe em qualquer lugar ou ritmo”, aponta. 

Paula afirma ainda que apesar de sua “essência” sertaneja, não descarta compor em outras “praias”. “Se um dia eu compor um outro gênero, não vou me privar de gravar só porque tenho a marca de cantora sertaneja. O que eu não quero é limitar minha criação e, sempre trabalhar com a minha verdade, sem me deixar guiar pelo mercado ou por modismos”, defende. 

Veja Paula Fernandes, Se o Coração Viajar

Com um EP de quatro músicas lançado em junho, Um Ser de Amor, a cantora nascida em Sete Lagoas (MG), tem três músicas emplacadas nas paradas, a faixa que dá nome ao trabalho e está na trilha da novela Amor à Vida, e ainda Se o Coração Viajar e Se Tudo Fosse Fácil. Esta última de Michel Teló, com participação da musa sertaneja. 

Você acha importante manter uma imagem bacana, cuidar do corpo, estar bonita e bem vestida, isso ajuda a construir a personalidade do artista?

A imagem também faz parte de um todo no trabalho, eu quero sim estar sempre bem para o público, mas acho que o fundamental é a saúde, eu invisto muito em minha saúde e bem estar e isso reflete diretamente em minha imagem.

Existe preconceito contra as mulheres na música sertaneja, por que são minoria, enquanto que na MPB a situação se inverte?

O universo sertanejo sempre foi dominado por homens, até mesmo pela referência inicial do homem do campo ou o cowboy. Ao mesmo tempo, a sensibilidade feminina cabe em qualquer lugar ou ritmo. Outro fator é o de aparecer menos mulheres para representar a música sertaneja, talvez por interpretarem a existência do preconceito. Eu sempre acreditei em meu trabalho e na minha essência que é sertaneja, por isso nunca abri mão de interpretar canções do gênero, mas não gosto de rótulos.

Não Precisa, Paula Fernandes, com Victor & Leo 

Você segue uma linha romântica do sertanejo, crê que seja uma tendência na música popular?

Eu não sou adepta em rotular a arte. Minha música é romântica, mas tenho dançantes. Se um dia eu compor um outro gênero, não vou me privar de gravar só porque tenho a marca de cantora sertaneja. O que eu não quero é limitar minha criação e, sempre trabalhar com a minha verdade, sem me deixar guiar pelo mercado ou por modismos.

Qual é o segredo de uma boa música popular na sua opinião?

Costumo responder esta pergunta de maneira bem objetiva. Emocionar, música tem de emocionar.

Se Tudo Fosse Fácil, de Michel Teló, com Paula Fernandes

Você fez parcerias com Victor e Léo, Zezé di Camargo e Michel Teló. Acha que isso é uma maneira de fortalecer a sua carreira e a do parceiro, tem algum nome com quem sonha em trabalhar e por quê?

As parcerias têm de acontecer quando existe uma afinidade, ela não pode ter cunho comercial, quando é feita desta maneira tem muito mais chance de ser aceita pelo público. Tem muitos nomes que me identifico, só não quero e nem posso ser injusta de falar somente um.


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Sertaneja Paula Fernandes diz que não quer se privar de compor outros gêneros