Como já havia acontecido na última quinta-feira (27), em que foi eliminada nas semifinais pela Espanha, a Itália se viu em uma disputa de pênaltis neste domingo, mas desta vez conseguiu um final mais feliz ao derrotar o Uruguai por 3 a 2 na Arena Fonte Nova e ficou com o terceiro lugar da Copa das Confederações.
Como costuma acontecer em disputas de terceira e quarta posições, o jogo em Salvador foi aberto e terminou empatado em 2 a 2 no tempo normal. A igualdade foi mantida na prorrogação, e o duelo foi decidido nas penalidades, em que o goleiro Gianluigi Buffon, com três defesas, duas delas firmes, foi a grande estrela.
O Uruguai teve praticamente o mesmo time que foi derrotado pelo Brasil na última quarta-feira. A única troca foi no meio-campo, onde Gargano ganhou a vaga de Pérez. A Azzurra, por sua vez, teve três novidades: o zagueiro Astori, o meia Diamanti e o atacante El Shaarawy.
Mesmo acusando o calor e Salvador, as duas equipes fizeram um jogo movimentado no começo. A equipe sul-americana também atacou, mas quem criou mais chances e abriu o placar foi a tetracampeã mundial.
Aos 23 minutos do primeiro tempo, Diamanti cobrou falta encobrindo Muslera, a bola bateu na trave, no goleiro e Astori, em cima da linha, apareceu para completar.
A seleção uruguaia chegou a balançar a rede na primeira etapa, aos 31, mas Cavani, que completou de cabeça para a rede, foi flagrado e impedindo. No entanto, o jogador do Napoli não desistiu de deixar o dele e foi premiado aos 12 do segundo tempo. Suárez partiu no contra-ataque e serviu o camisa 21, que superou Buffon com um chute rasteiro cruzado e empatou.
A partir daí, a Celeste passou a atacar mais, mas quem marcou o segundo foi a Itália. Diamanti teve nova falta para cobrar, aos 28 minutos, desta vez de frente para a meta, e acertou o canto esquerdo de Muslera, que não alcançou.
Na mesma moeda, o campeão da última Copa América conseguiu nova igualdade, cinco minutos depois. Cavani cobrou a infração com categoria, mas não muito no canto. Buffon foi na bola, mas não conseguiu evitar que ela entrasse e que houvesse tempo extra.
Na prorrogação, os uruguaios se mostraram mais inteiros e atacaram mais, embora o goleiro da Itália não tenha tido grande trabalho. Um dos principais lances não foi um perigo de gol, mas uma polêmica: aos 11 minutos do primeiro tempo, invadiu a área pela esquerda, caiu e pediu pênalti. O árbitro, o argelino Djamel Haimoudi marcou tiro de meta.
A Celeste ainda ficou por cerca de dez minutos com um homem a mais, depois que Montolivo fez falta mais dura em Suárez, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Contudo, a vantagem numérica não foi transformada em gol. Na última tentativa, aos 14 da etapa final, Buffon fez grande defesa em chute de Gargano e, no rebote, Cavani mandou à esquerda do alvo.
Nas penalidades, Forlán, que já havia errado uma na semifinal, contra o Brasil, parou em Buffon logo na primeira tentativa do Uruguai. Muslera ainda pegou a terceira da Itália, batida por De Sciglio, mas Cáceres e Gargano também tiveram seus chutes defendidos, e a Azzurra garantiu um lugar no pódio. Os sul-americanos, por sua vez, repetiram sua colocação na Copa do Mundo de 2010.