Dos caminhos do hip hop e do R&B, ao nu soul e toda a
herança da música negra brasileira, tudo converge para as sonoridades classudas
de Clawdia Ejara. Se você gosta de descobrir segredos musicais ou simplesmente aprecia a
boa música, guarde esse nome.
“Meu álbum tem total
influência desta neo música negra, porém acredito que o hip hop com sua forma
peculiar de compor música, influenciou todas as vertentes da black music,
incluindo todos esses estilos modernos como por exemplo a musica eletrônica e
também contribuiu para atualização do R&B”, afirma a cantora, que também é
fotógrafa, psicóloga e mulher do produtor musical e dançarino Frank Ejara.
Lançado em dezembro, o álbum Amanhecer, ouça (aqui), foi produzido por Joeblack,
nome presente nos créditos dos discos de artistas da black music brasileira como Negra Li,
Quelynah, Rodrigo Moratto, Goobie, Cindy
e As Antonias. Também artista solo, o produtor lançou recentemente Mundo
Paralelo Volume 2, que pode ser baixado (aqui) e ouvido (aqui).
Veja Clawdia Ejara no clipe de Eu Vou Invadir
Em entrevista ao Virgula Música, Clawdia recusa a ideia de
ter uma missão na música. “Quero dar minha respeitosa contribuição à musica
brasileira e estou muito feliz no momento, porque até agora tenho recebido boas
vindas das pessoas que estão ouvindo meu álbum e as boas vindas são dos
brasileiros e também de pessoas de varias partes do mundo”, afirma, ressaltando
o reconhecimento internacional, que vem alcançando, em países como Taiwan, Rússia,
França, Estados Unidos, Argentina, Coreia do Sul, Inglaterra.
“Existem mais de cem vídeos postados por jovens de vários
países dançando com Eu Vou Invadir, isso me deixa feliz. Essa é a contribuição
que eu quero dar pois admiro muito os artistas que trabalham representando o
Brasil mundo afora”, orgulha-se.
A lista de artistas da música negra que Clawdia considera
relevante diz muito sobre ela: Nas, Rakim, MC Melodee, Mary J. Blidge, Cee-lo,
Anthony David, Maverick Sabre, Justin Timberlake, Jazzmine Sullivan, Bilal,
B-Slade e Joeblack. Já entre os heróis musicais ela escolhe Stevie Wonder, Aretha
Franklin, Mary J. Blidge, Faith Evans, SWV,
Wu-Tang Clan, Gang Starr, Kid
Abelha, Ângela Maria, Alcione, Jackson
Five, Lauryn Hill, Bob Marley, Michael Jackson e John Lennon.
Sobre o disco, a cantora diz achar possível fazer várias leituras. “A
que me chamou mais atenção é a posição feminina de uma mulher que não desiste
de si mesma e que vai à luta por aquilo que deseja, seus sonhos, esperanças e amores”,
diz. “A história do disco aconteceu musica após musica porque queríamos
experimentar o que cada uma delas nos fazia sentir, nada foi premeditado neste
álbum, ele aconteceu”, completa.
Repercussão internacional de Clawdia