Policial canibal de Nova York é condenado por conspirar tortura na internet
Créditos: Reprodução/Daily Mail
Um policial acusado de conspiração para sequestrar, cozinhar e comer mulheres foi condenado em Manhattan, nesta terça-feira (12). Gilberto Valle, de 28 anos, ficou conhecido como o “policial canibal de Nova York”, depois de ser pego na internet planejando torturar e devorar suas vítimas, incluindo sua própria esposa.
Segundo um dos jurados que participou do julgamento, “o policial cruzou a linha entre a fantasia e a realidade ao iniciar uma espécie de conspiração”. A advogada de defesa, Julia Gatto, rebateu as acusações, alegando que o cliente vivia em uma espécie de mundo paralelo, navegando em sites fetichistas na internet e discutindo sobre o assunto com outras pessoas, mas sem a intenção de realmente realizar as praticas.
“Hoje, um júri popular decidiu por unanimidade que o plano detalhado e específico de Valle para sequestrar mulheres com o objetivo de cometer crimes grotescos era muito real, e por isso lhe declararam culpado”, afirmou ao anunciar o veredicto o promotor federal de Manhattan, Preet Bharara.
Os macabros planos do agente foram descobertos por sua esposa, Kathleen Mangan, que preocupada pelo comportamento estranho de Valle, decidiu instalar no ano passado um programa “spyware” em seu computador, segundo declarou a mulher durante a primeira audiência do julgamento.
Kathleen detalhou que pelas noites Valle passava horas em frente ao computador vendo conteúdos pornográficos, que em uma ocasião encontrou fotos de mulheres nuas e ensanguentadas, e inclusive leu e-mails nos quais ela aparecia como possível vítima.
A mulher, que tem uma filha com o acusado, também relatou que seu marido e um cúmplice tinham planos para amarrá-la “pelos pés e cortar-lhe a garganta” para depois “ver como sangrava”.
O agente, de 28 anos, mantinha uma lista com cerca de cem possíveis vítimas, com fotografias e endereços, informação que tinha obtido de forma fraudulenta e sem autorização através do National Crime Information Center (NCIC), um banco de dados da polícia.
O policial agora pode ser condenado à prisão perpétua por conspiração para cometer sequestro, e a outros cinco anos de prisão por acessar arquivos federais sem autorização.
Gilberto foi preso em outubro do ano passado, depois de ser denunciado e investigado por fazer comentários em páginas fetichistas, demonstrando ter vontade de sequestrar, torturar, estuprar, matar e cozinhar mulheres. Segundo informações da imprensa local, ele pretendia comer carne humana no jantar de Ação de Graças, tradicionalmente comemorado nos EUA na penúltima quinta-feira do mês de novembro.
Conforme informações do “Daily Mail”, o julgamento trouxe à luz a existência de comunidades virtuais macabras, onde milhões de pessoas discutem e trocam imagens e vídeos de brutalidade, com cenas de estupro, asfixia, entre outros, tudo com intuito de estimulação sexual.
