A diretoria do Sporting, de Portugal, anunciou nesta segunda-feira sua renúncia conjunta e a convocação de eleições à presidência do clube, que acontecerá no dia 23 de março, após meses de crise pelos fracos resultados esportivos e graves problemas financeiros.
O presidente do clube português, Luís Godinho Lopes, e o restante da cúpula ficarão como interinos até esta data, de acordo como o presidente da Assembleia Geral, Eduardo Barroso.
A decisão foi tomada como resposta à convocação de uma Assembleia Extraordinária, feita por um grupo de sócios com o objetivo de destituir os dirigentes e que foi diretamente cancelada após este anúncio.
O Sporting, terceiro clube mais vitorioso de Portugal, com 18 Campeonatos Nacionais, já viu seu presidente anterior, José Eduardo Bettencourt, renunciar no início de 2011, devido aos péssimos resultados no futebol.
Em março de 2011, Godinho Lopes foi eleito, mas duas temporadas depois, o Sporting continua imerso em uma seca de títulos que se prolonga por quase uma década, já que seu último título foi uma Supertaça de Portugal em 2002.
O clube lisboeta ocupa apenas a nona posição no Campeonato Português e já foi eliminado da Liga Europa, da Copa de Portugal e da Copa da Liga Portuguesa.
A imagem de Godinho Lopes foi danificada após a demissão de seu ex-vice presidente, Paulo Pereira Cristóvao, que foi acusado de lavagem de dinheiro, fraude e desvio de verbas.
O preocupante estado das contas do clube é o outro grande problema que o presidente enfrenta, após uma auditoria interna declarar que o Sporting passava por uma “quebra” no início do ano passado.
Godinho Lopes disse recentemente que a situação financeira é “complicada” e que a entidade lisboeta precisa de 20 a 30 milhões de euros para conseguir terminar a temporada.