Imagens de O Hobbit, adaptação da obra de J.R.R. Tolkien
Peter Jackson foi categórico ao falar da escolha de Martin Freeman como Bilbo, o protagonista de O Hobbit. “Martin é a única pessoa que sempre quisemos para o papel. E isso foi antes mesmo de conhecê-lo”, explicou, durante uma coletiva de divulgação do filme, realizada na quarta (5) em Nova York.
No entanto, assegurar a presença do ator na trilogia não foi assim tão fácil. “Na época em que oferecemos o papel, ele já havia aceitado fazer a série Sherlock (da BBC) e naquele momento a primeira temporada já estava pronta, mas ele ainda precisava filmar a segunda, o que aconteceria bem no meio de O Hobbit. E ele disse, ‘olha, não vai dar para fazer (o filme)’. Estávamos em apuros. Eu estava em pânico”, lembra.
Jackson contou que chegou até a procurar outros atores, mas de qualquer forma se recusava a desistir de Freeman. “Eu estava tendo crises de insônia. Estávamos a cerca de seis semanas do início das filmagens e eu ficava me atormentando assistindo Sherlock em um iPad às 4 da madrugada. Eu ficava lá sentado observando Martin e pensando que não havia ninguém melhor, que aquela situação era um pesadelo”.
Mas, no final, o diretor conseguiu uma solução. “Liguei para o agente de Martin e perguntei se ele continuaria interessado caso conseguíssemos acomodar o cronograma de Sherlock dentro do nosso. Felizmente, a resposta foi sim. Então, com a aprovação do estúdio, gravamos O Hobbit por quatro ou cinco meses e interrompemos as filmagens por oito semanas, continuando quando Martin voltou. No final foi uma benção também, porque pudemos editar os primeiros quatro meses, me preparei para a rodada seguinte e aquele pequeno descanso foi muito bem-vindo. Foi uma forma muito civilizada de fazer um filme e, no final das contas, nós conseguimos Martin”, resumiu.