Reynaldo Gianecchini na Top Magazine
Reynaldo Gianecchini é capa e recheio da nova edição da revista Top Magazine que chega às bancas neste sábado (22). Para a publicação, o ator falou sobre o interesse constante da imprensa sobre sua sexualidade, o novo papel na novela de Manoel Carlos, Em Família, e de encarnar papeis diferentes.
“Sempre acho que esse assunto já deu e que é um território tão maluco que, qualquer coisa que eu diga, repercute, seja para o bem ou para o mal. Tudo é muito deturpado, porque as pessoas tratam da sexualidade muito levianamente e querem te encaixar numa gavetinha. É por isso que evito falar sobre esse assunto, porque é tão cafona essa preocupação em querer saber quem eu levo pra cama”, disse o ator sobre as constantes perguntas sobre sua sexualidade .
E completou afirmando que gosta de gente que não sai anunciando com quem transou: “Adoro gente discreta, que não sai por ai expondo para o mundo com quem deita e essa é, para mim, uma das qualidades mais incríveis, a discrição”.
Sobre Cadu, seu personagem de Em Família, ele explicou: “Não vou ser mocinho nem vilão, tampouco vou carregar a história, a novela nas costas. Meu personagem, o Cadu, não é maniqueísta. É um bon vivant carioca, bem casado e feliz até que vê sua esposa Clara (Giovanna Antonelli) apaixonada por outra mulher. Mas o que é bacana de tudo isso é que estamos falando de amor. Não vai ser uma atração, uma trepada. Elas vão viver uma história! E eu acho bonito isso, de falar do amor independente do sexo, seja entre duas mulheres ou entre um homem e uma mulher”.
Para as lentes do fotógrafo Mauricio Nahas, Reynaldo encarnou um matador de aluguel e adorou a experiência: “O que acho legal do personagem que encarnei nesse editorial é que as pessoas sempre me associam à imagem do bonzinho e eu adoro quebrar com isso às vezes e brincar com um personagem que realmente não é do bem. É um retrato, não é? Nós temos níveis e níveis de gente má, de gente louca, de gente que precisa botar pra fora uma loucura. E esse ensaio, no caso, brinca com esse lado louco que todo mundo tem, embora sejamos controlados”.