RoboCop, dirigido por José Padilha


Créditos: Reprodução/ Coming Soon

As expectativas para RoboCop, remake dirigido por José Padilha do clássico de ficção científica de 1987, não eram das mais altas, é verdade. Para muita gente, os trailers e vídeos promocionais do filme (“o que é essa armadura preta de barata”?) apontavam um desastre cinematográfico iminente. Para o crítico Ben Child, do jornal The Guardian, o cineasta brasileiro, diretor de Tropa de Elite, precisaria de um “milagre” para fazer de seu RoboCop um bom filme. No entanto, o longa surpreendeu positivamente a imprensa internacional.

Uma série de críticas, publicadas nesta quarta-feira (5) por veículos norte-americanos e britânicos, elogiaram o longa e demonstraram surpresa com o resultado final. Por outro lado, admitiram que é injusto compará-lo ao filme original.

Veja o que alguns veículos escreveram sobre o novo RoboCop:

Guy Lodge, da revista Variety
“Se alguém tinha a impressão de que RoboCop de Paul Verhoeven, de 1987, era uma visão do futuro, a atualização bombada e limpa do filme torna claro que esse conceito de ficção científica meramente espelha nosso presente político. Mudando o alvo de sua sátira da ganância das corporações para o nacionalismo agressivo pós-11 de setembro, esse remake, bem elencado e mais esperto do que o esperado, repara muito do dano à reputação causada ao homem da lei de punhos de aço por sequências e spin-offs burros. É uma empreitada menos brincalhona que a original, mas dá conta da sombria demanda de nossa era por reboots de ação, com máquinas eficientes e um toque de alma”.

Leslie Felperin, da revista The Hollywood Reporter
“Nem o completo desastre que alguns antecipavam, nem um marco na história do cinema, o remake de RoboCop é um bom pedaço de entretenimento, que honra o legado do filme original de Paul Verhoeven, e é certamente melhor que o último filme de Verhoeven, O Vingador do Futuro. (…) RoboCop quebra inventivamente e reconfigura o conceito central do herói policial meio homem, meio máquina. (…) Em alguns pontos, o roteiro profundo e denso traz melhorias em relação ao original, e o elenco certamente é mais forte agora. O que falta é a misantropia amoral, a perspicácia malvada e a subversão escorregadia do original”.

Oliver Lyttelton, do site The Playlist
“É uma surpresa reportar para vocês que a edição de 2014 de RoboCop é muito, muito melhor do que parece. Está longe de um triunfo absoluto, claro, mas é significativamente mais esperto e mais afiado do que você pensaria, com um elenco comprometido se divertindo e um admirável comprometimento com personagens e ideias, mais do que com a ação e os efeitos”.

Richard Jordan, da revista Total Film
“Padilha criou um filme de científica esperto e empolgante, diferente o suficiente para existir em seu próprios termos sem ignorar ou desrespeitar suas raízes. Tendo em vista as potenciais armadilhas existentes ao reimaginar um clássico, você não pode ser mais justo que isso”.


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Para crítica internacional, RoboCop de José Padilha surpreendeu positivamente