César Castro fez o Brasil subir mais um degrau na lista dos principais países dos saltos ornamentais. Na final do trampolim de 3 metros do Mundial de Montreal, na tarde desta terça-feira (19/07), ele ficou em sétimo lugar, com 681.69 pontos. Este passa a ser o melhor resultado obtido pelo país nos saltos em mundiais da FINA.
A prova, emocionante desde o início, deu a vitória ao jovem Alexandre Despatie (813.60), que foi ao pódio seguido pelo americano Troy Dumais (752.78) e pelo chinês He Chong (790.77).
César saiu do 9º lugar no primeiro salto da série de seis, chegou a estar em sexto lugar por duas rodadas, mas um erro na entrada na água do último salto por poucos pontos deu o sexto lugar ao cubano Jorge Garcia (681.93).
– Estou muito feliz com o resultado. Saio da minha principal prova com o objetivo cumprido de entrar na final e conseguir nela o melhor resultado possível. Me sinto hoje muito mais seguro e experiente que em 2003 (no Mundial de Barcelona), quando fiquei em 13º e fora da final por uma colocação. O que falta para brigar pela medalha é executar bem saltos com um grau de dificuldade um pouco maior, como fazem o Despatie, o Dumais e outros. Minha série ainda é um pouco mais fraca. Já estou executando esses saltos, mas não estou seguro o suficiente para colocá-los na competição. Daqui a pouco já vai dar disse.
César, que ainda compete o trampolim de 1 metro na próxima quinta-feira (21/07), credita boa parte do bom desempenho ao intercâmbio.
– Esses resultados não saem do nada. É claro que tem um investimento aí e esta é a hora de agradecer. Eu não teria chegado a duas finais se não tivesse participado de muitas competições internacionais e das etapas do Grand Prix da FINA. Este ano, fui medalhista em três e finalista em todas as cinco. Vejo que o país hoje é muito mais respeitado, pois estamos sempre ali, no bolo dos melhores brincou.
No jogo da extrema concentração que exigem os saltos, o canadense Alexandre Despatie, com 20 anos recém feitos, é o mestre. Ele se manteve em primeiro em todas as rodadas, das eliminatórias até as finais, num total de 17 saltos precisos. Mesmo estando a léguas no placar, só comemorou após o último salto. Ele vai precisar usar sua frieza para executar bem outros 17 saltos, desta vez na sua principal prova, a plataforma, no sábado (23/07).
