<br>Na manhã deste domingo, em Tóquio, a seleção brasileira de vôlei venceu a Polônia por 3 sets a 0 e se consagrou bi-campeã mundial. Com atuação assombrosa de toda a equipe, que parecia disputar sua 1ª final (foram 20 nos últimos 21 torneios), o time do técnico Bernardinho fez 25/12, 25/22 e 25/18 e colocou de vez seu nome na história como o time mais sedento por vitórias que já se viu.

Os poloneses, que voltaram a uma final de mundial após um longo intervalo (seu último título foi em 1974) e fizeram grande campanha neste Mundial (perderam apenas três sets em todo o torneio), sentiram o peso de enfrentar um time mais compacto, incisivo e entrosado. O 1º set foi um passeio. Giba, Dante e cia. aproveitaram as bolas redondas do mago Ricardinho e bombardearam a equipe de vermelho, que se defendeu como pôde, mas não evitou o revés por 25 a 12.

Na 2ª etapa, a equipe do técnico argentino Raul Losano mostrou porquê estava invicta até a final: com bolas rápidas e um paredão que contava com até quatro jogadores no block, a Polônia esteve na frente até o 21º ponto, caçada de perto pelos gladiadores que estavam do outro lado da quadra. Bernardinho pulava, gritava e vibrava como um menino a cada jogada de seus pupilos, que voltaram a acertar a mão e fecharam o set em 25 a 22.

O 3º set começou eletrizante. O meio de rede André Heller e o ponta Dante viraram todas as bolas, deixando os poloneses desolados. Nervosos, eles passaram a errar bolas simples e deixaram o Brasil disparar no placar. Nem os seguidos tempos pedidos por seu técnico deram jeito: Brasil 25 a 18, para o delírio dos poucos (porém barulhentos) torcedores nipônicos que vestiram o verde e amarelo para torcer pelo time de Bernardinho.

0 Brasil é bicampeão mundial! Emocionado, o técnico Bernardinho dedicou o título à sua mulher e ex-levantadora Fernanda Venturini. Ricardinho, elétrico, enalteceu a força do grupo, mostrando que o desentendimento com seus colegas está superado. O leão Giba mais uma vez foi eleito o melhor atleta do campeonato, Dante ganhou o prêmio de melhor atacante e o vôlei brasileiro tomou, definitivamente, o lugar do futebol como o esporte onde somos intransponíveis.


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Brasil atropela Polônia e é bicampeão mundial de vôlei