Diferente de Maíra, há quem desista da Medicina e abrace outra carreira. É o caso da estudante Priscila Theil, de 20 anos. Depois de tentar entrar no curso duas vezes, este ano ela tentou outro curso: Zootecnia, na Unesp. Passou no meio do ano e se mudou para Ilha Solteira, sede do campus.
"Já tinha tentado outro curso ano passado. Prestei Fisioterapia na UFSCar e Unesp. Se não tivesse passado agora, tentaria Medicina de novo", disse ela ao Virgula. A opção pelo novo curso veio depois de novas reprovações. "Quando não passei em 2006, fiquei meio desesperada. Fiz uma pesquisa sobre todos os cursos ligados à área de biológicas e separei os que eu tinha chance de entrar", conta Priscila. "Muitos dizem que Zootecnia é a profissão do futuro. Medicina foi um sonho não alcançado".
O coordenador de Vestibular do Anglo em São Paulo, Alberto Nascimento, diz que o grande problema dos estudantes em vestibulares concorridos, como Medicina, é "familiar, estrutural e emocional". "Quem desiste é porque não queria aquilo de verdade. Temos casos de gente que presta até 5 vezes e entra, outros que na segunda tentativa partem para outras áreas", diz Nascimento.