A brutalidade praticada por nazistas é um obstáculo difícil de ser deixado de lado. Falando sobre os “cabeças” da chamada “Solução Final”, nome dado a máquina de extermínio de minorias rejeitadas pelos nazistas, e das atrocidades do Terceiro Reich, Sérgio diz que o peso dos acontecimentos não está só na figura do Führer (título adotado por Hitler na Alemanha para designar chefe máximo do Reich e do Partido Nazista), mas também de seu colaboradores, que o seguiram cegamente.

“Eles sim levavam suas idéias ao extremo. Como Josef Goebbles, ministro da propaganda de Hitler, que preferiu matar sua mulher e filhos e depois suicidar-se, quando viu que Berlim iria cair. Para Goebbles, o mundo sem Hitler não era digno de ser vivido”, comenta o jornalista.

Mitos e lendas também fazem parte desse período da história. “Um dos principais erros falados a respeito de Hitler é a verdadeira origem do seu ódio pelos judeus. Há teorias que dizem, por exemplo, que a mãe, com variações dizendo que era o pai e até os avôs, eram judeus e que deixaram ele na miséria e por isso o ódio dos judeus”, diz. O grande problema é que esses mitos chegam facilmente aos leigos no assunto, contribuindo para a construção de uma imagem irreal.

O crescente número de livros sobre o assunto pode ajudar a entender melhor e desmistificar certas histórias. O pesquisador dá duas dicas de leituras essenciais sobre o tema: a obra de Joachim C. Fest, sobre o tema, e o livro de Traudl Junge, Até o Fim: os últimos dias de Hitler, contados por sua secretária, que surpreende o jornalista por mostrar “um lado humano interessante, contado por algum que viveu ao lado dele”.

Continua: Hitler, existem pontos positivos?


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Mitos e lendas confundem a história