O popstar Michael Jackson era esperado para depor em um tribunal na quarta-feira, por causa de um processo de 21 milhões de dólares movido por um organizador de shows que o acusa de ter se recusado a fazer duas apresentações na véspera do Ano Novo de 1999.

O alemão Marcel Avram abriu o processo em junho de 2000 na Corte Superior do condado de Santa Barbara, acusando Jackson de quebra de contrato e fraude.

O julgamento começou na sexta-feira e o advogado de Avram, Skip Miller, disse que pretende chamar Jackson para depor.

Segundo o processo, Jackson teria assinado um acordo com Avram no começo de 1999 para uma série de quatro shows -dois beneficentes em junho daquele ano e dois no Millennium Concerts, em Honolulu e em Sydney, na Austrália.

O Rei do Pop, como o músico se autoproclama, agendou os shows de caridade “Michael Jackson & Friends” com Mariah Carey e outras estrelas. Mas, quatro meses depois, Jackson informou Avram que não iria participar do Millennium Concerts porque teria outros compromissos, segundo diz o processo.

Avram reivindica 10 milhões de dólares fora as despesas extras associadas à promoção e à produção de quatro concertos, mais 10 milhões de dólares por lucros antecipados e mais 1,2 milhão de dólares em encargos obrigatórios.

O processo diz que Avram perdeu dinheiro nos shows beneficentes devido à “desanimadora” venda de ingressos e “gastos extravagantes” de Jackson.

Mas ele esperava recuperar parte das perdas com os shows de final de ano, e concordou em adiar as apresentações por um ano para acomodar o músico. No entanto, se viu com as contas de Jackson a pagar quando o cantor renegou o acordou todo, dizem os autos.

Avram, que promoveu inúmeras turnês de Jackson durante os anos 1990, apareceu nas manchetes de jornais em 1997 quando ficou preso durante meses por acusações de sonegação de impostos.


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Michael Jackson é esperado para depor nos EUA