NOVA YORK (Reuters) – Quando se trata de um pedido de Carlos Santana, quem consegue resistir?

Musiq, Seal, Michelle Branch ou Macy Gray não conseguiram.

Depois dos fenomenais 25 milhões de unidades de “Supernatural” vendidos e do Grammy, o novo trabalho do guitarrista latino, “Shaman”, tem faixas com os artistas acima, além de Dido, P.O.D., Chad Kroeger, Citizen Cope e outros.

Além do novo disco pela Arista, que será lançado nos Estados Unidos em 22 de outubro, o selo Legacy (da Columbia) vai lançar uma coletânea do músico, “The Essential Santana”, no mesmo dia, com clássicos como “Evil Ways”, “Black Magic Woman” e “Oye Como Va”.

Santana, em Nova York para promover os discos e tocar no programa “Live by Request”, da TV a cabo A&E na sexta-feira, disse à Reuters que todo o processo teve uma qualidade mística.

“Muita coisa aconteceu em ‘Supernatural’ e ‘Shaman’, um tipo de sincronicidade interior, como eletricidade, como quando a gente pensa em uma pessoa por um tempo e de repente ela telefona”, disse ele.

O segredo, disse ele, é se concentrar nas canções. “Elas são como sapatilhas de cristal e temos que ir em busca da Cinderela.”

Um dueto inusitado é o de Santana com o tenor Placido Domingo. Mas a mistura funciona no disco “Shaman”, na música de ópera e rock chamada “Novus”.

“Admiro o espírito de Placido Domingo há muito tempo, era só uma questão de tempo para que eu achasse uma canção para ele”, disse.

“Placido é muito generoso e parece uma criança. Como eu, que aprendi com o senhor John Lee Hooker e Wayne Shorter, ele não tem medo de sair do molde.”

Santana também contou que gostaria de trabalhar com Tina Turner e vários músicos africanos.


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