Bebidas, diversão e rock’n’roll. Bem, para quem acha que o rock deva ser algo sério, político, ou do contrário, super melancólico, o grupo paulistano Rock Rocket está ai para mostrar o contrário.

Para este trio formado por Pesky (baixo), Alan (bateria e voz) e Noel (guitarra e voz) o verdadeiro rock não acabou e ele pode ser muito mais divertido do que parece, ou como diz o nome do primeiro disco deles, Por um Rock and Roll mais alcóolatra e insonsequente.

Eles já assumiram que gostam de beber, então, não deve ser coincidência que a banda tenha se conhecido num bar. “O Alan conheceu o Noel no bar e eles estava em mesas separadas. Eles resolveram montar uma banda e o Alan me chamou, porque me conhecia do colégio. A banda era mais uma desculpa para sair de casa”, disse Pesky durante o chat realizado no Virgula.

A banda vem na corrente contrária do excesso de bandas emo que apareceram no cenário basileiro nos últimos meses. Para Psky, “tem muitas bandas boas surgindo. Mas infelizmente essas bandas emo acabam encobrindo tudo o que surge no cenário nacional. Tem muita banda crescendo com influências do rock cenário nacional”.

A chegada até uma grande gravadora foi rápida. Com três anos de banda fecharam contrato com a Trama, gravadora na qual encontraram liberdade para cantar o que quissessem. Como conseguiram?Com muito trabalho.

“Não tivemos contatos interessantes, mas a gente sempre se esforçou para conseguir. Fazíamos shows e pregavamos cartazes na rua, enchiamos o saco das pessoas para tocar nos lugares. E quando a gente não conseguia fazíamos as nossas festas e chamavamos bandas que a gente gostava”, disse Pesky.

Sobre o ‘boom’ das bandas independentes, que hoje estão muito mais na mira das grandes gravadoras do que anos atrás, Pesky acha muito bom. “Quem não passou pelo underground, que tem tudo muito fácil, acaba não dando valor”.

Pesky alfinetou quando comentou no chat que o público brasileiro valoriza demais os artistas internacionais. “O Secos e Molhados lotavam o Maracanazinho. Falta uma banda nacional fazer isso, e não o RBD ou o Oasis. O público dá muito valor às bandas gringas e pouco às bandas nacionais”.

Perguntado se a banda se considerava rebelde, Pesky mostrou bom humor e que eles não pensam apenas em diversão. “A gente não. Só gostamos de beber pra caramba. Rebelde é aquela novela do SBT. Mas se ser rebelde é não concordar com a forma que o país está sendo governado, somos rebeldes sim”.


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