Ele é japa, toca guitarra, teclado, bateria e compõe. Seu nome é Mauro Motoki e junto com Vanessa Krongold no vocal, Habacuque Lima nas guitarras e Paulo “Chapolin” Rocha na batera, formam o Ludov.

Hoje estão com o terceiro disco lançado, chamado Disco Paralelo, mas o sucesso começou em 2003, quando emplacaram na MTV os Clipes Princesa, Dois A Rodar e Da Primeira Vez.

Desde Princesa, um dos hits mais conhecidos da banda, assumiram uma maior maturidade: limparam os arranjos e fizeram um disco com menos ingredientes, como disse Motoki.

Contudo, o papo agora é sobre o Disco Paralelo, o sucesso depois da versão para High School Musical e muito mais conversa boa que você confere na entrevista que Mauro Motoki cedeu ao Virgula Música por e-mail.

Vocês se consideram uma banda da cena indie brasileira?

Tentamos não nos encaixar em nenhum grupo, sob nenhum rótulo. Mas sim, somos uma banda independente brasileira, com orgulho.

Algumas críticas sobre o Disco Paralelo dizem que a banda encontrou a fórmula certa, unindo o rock, o pop, as boas baladas e a boa música. Então, como foi essa evolução desde o álbum O Exercício das Pequenas Coisas?

Depois de tocar as músicas do “Exercício” por 2 anos, fomos tentando limpar os arranjos, tirar os excessos, fazer um disco com menos ingredientes. Mas a partir daí, a evolução se deu por conta de muitos ensaios, e algumas tentativas.

Aconteceu alguma mudança quanto à maneira do grupo fazer música quando Eduardo Filomeno deixou a banda?

Sim, sem dúvida. O Edu é um músico muito bom, um baixista com muito feeling, de muito bom gosto. Quando ele saiu, tivemos que nós mesmos nos aventurar no baixo.

Os trabalhos paralelos que Habacuque e o “Chapolin” mantêm trazem alguma influência para o som que o Ludov faz?

Nunca tinha pensado sobre isso. Acho que tudo o que cada integrante faz, especialmente se for algo ligado à música, é de suma importância para a formação do que o Ludov representa.

A versão para o tema de High School Musical abriu a porta para um outro público, certo? No caso, as exigências desses novos fãs influenciaram na produção do último álbum?

Não, não sentimos necessidade de fazer o novo álbum com algum tipo de direcionamento desse tipo, com qualquer público-alvo em mente. O que
acontece é que nossa versão para a canção do High School Musical saiu de forma tão coerente com o que é o Ludov, que acho que não precisaremos nunca nos preocupar em manter ou nos apegar a algo que já fizemos.

Sobre um assunto mais antigo, mas não menos curioso: qual foi a primeira vez que vocês ouviram uma música da banda tocar nas rádios? Qual som que foi? Lembram onde estavam? Enfim, fale um pouco dessa experiência.

Eu não lembro com exatidão, mas creio que tenha sido Princesa, na antiga Brasil2000 aqui de São Paulo. Talvez eu tenha ouvido em casa, depois que alguém me avisou que estava tocando. O que é bastante fora do comum, porque raramente ouço rádio em casa. Toda vez que algum desses eventos importantes acontecem para a banda, dá uma sensação boa, de que algo está crescendo independentemente da nossa vontade, e uma
outra sensação estranha, de que não temos controle sobre as coisas.

Falando das suas origens, vocês já revelaram que o nome da banda faz uma menção ao filme Laranja Mecânica. Então, assim como o tratamento Ludovico, a banda de vocês surgiu para reabilitar algo?

(risos) Embora sua interpretação tenha abordado o tema de maneira muito original, vou ter que negá-la. Nomeamos nossa banda com um nome pensado para que não houvesse significado implícito, para que esse
significado fosse sendo agregado ao nome à medida que a própria banda encontrasse sua identidade. Então, embora possamos remeter a origem do nome a um contexto ou outro, nunca quisemos passar nenhum tipo de mensagem com ele.


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Mauro Motoki, do Ludov fala sobre Disco Paralelo, novo álbum da banda!