Di Ferrero, vocal do NXZero, está radiante com a passagem do grupo pelo tão temido filtro do segundo álbum. “Agora” já é sucesso e a banda colhe os louros pela repercussão do repertório do CD, com “Cedo ou Tarde” figurando entre as canções favoritas do público. As principais rádios e TVs brasileiras que o digam: a música é hoje a mais pedida do país. Sobre a resposta recebida pelo álbum “Agora”, as misturas cada vez mais freqüentes do pop rock do NXZero com vertentes como rap e reggae, as participações do rapper Túlio Dek em apresentações da banda e as últimas novidades da agenda dos rapazes, Di Ferrero deu uma palavrinha com Virgula nesta tarde, por telefone.

Como vocês comparam a repercussão que o “Agora” está tendo em relação a que os álbuns anteriores tiveram?
O “Agora” deu uma causada. A repercussão está legal para caramba e o melhor é que estamos superando aquela lenda do segundo CD, tipo quanto a ser difícil repetir o sucesso do primeiro. Sempre fica aquela expectativa em relação a como a galera vai reagir e uma certa pressão, no sentido do álbum ter que bombar. Felizmente, todo mundo está curtindo.

O NXZero está flertando cada vez mais com gêneros como rap e reggae. No caso do reggae, rolou o Estúdio Coca-Cola Zero com o Armandinho. No caso do rap, o Túlio Dek tem feito participações em shows de vocês. Como vocês entendem a identidade da banda no contexto dessas aproximações?
Acho isso muito louco. O NXZero tem características que foram a essência da banda; essas não podem mudar. Mas conforme fomos ganhando experiência na estrada, que é uma grande faculdade, foi dando vontade de experimentar com outros sons. O Brasil tem um leque gigante de possibilidades musicais, tanto que os gringos piram aqui. Essa diversidade de influências apareceu mais no “Agora”, que tem mais presença de músicas com piano e cordas, tipo violino, por exemplo.

Como rolou a idéia de inserir o Túlio nos shows do NXZero?
O Túlio é brother. Já rolava essa empatia antes. Calhou de ele estar com o Rick [Bonadio], nosso produtor. Estávamos até pensando em outros nomes, mas quando o Túlio mandou umas rimas freestyle, tivemos certeza de que ele era o cara.

Vocês acham que o pop rock brasileiro tem uma linguagem própria, autêntica? De que maneira o NXZero se insere na tradição desse gênero no país?
Acho que não dá para dar um nome exato para o que o NXZero faz. Cada pessoa interpreta o som que a gente faz da maneira que achar melhor, assim como interpreta o que é pop rock nacional como achar melhor. Eu acredito que pop rock brasileiro é literalmente aquele mais popular: bandas como Charlie Brown Jr. e O Rappa, por exemplo.

Como vocês vêem o enorme interesse do público infanto-juvenil pela música de vocês? TV Xuxa, Capricho e Nickelodeon, por exemplo, têm recebido o trabalho do NXZero muito bem…
É animal ver a galera crescendo junto com a gente. Hoje vejo uma garotada vindo falar comigo para dizer “meu, eu toco por causa de você”. Você participa da vida da pessoa, sabe? É a mesma coisa que vivi em relação a bandas como Raimundos, Charlie Brown Jr, isso para ficar apenas nas nacionais. Eu curto muito falar nisso. Nessa possibilidade de tocar mais cedo, para um público mais jovem, ou numa balada, para um público mais velho. É isso que permite também que nós participemos de programas tão diferentes, super visados. Acho ainda que o público jovem se identifica por causa da nossa idade também… Nós também somos super jovens.

Outras novidades do NXZero que devem aparecer em breve?
Uma coisa muito legal que está rolando agora é que vamos apresentar o Meus Prêmios Nick 2008, do canal Nickelodeon, além de estarmos concorrendo na premiação. Outra novidade é que fizemos uma gravação para o canal Boomerang que vai passar em toda a América Latina. Falamos até em espanhol. Foi bem legal.

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EXCLUSIVO: “Quisemos fazer algo novo e original”, diz Di Ferrero

Integrantes do NXZero nus em capa de revista


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EXCLUSIVO: Di Ferrero comenta “Agora”, novo do NXZero