Depois do ótimo show dos mineiros do Strike no Budafest, em São Paulo, no último domingo (21), conversamos com o baixista Fábio a respeito dos festivais de hardcore brasileiros, do novo disco e dos shows internacionais que vem por aí neste ano.

Sempre sorridente e bem humorado, Fábio disse que não poderia estar mais animado com o ano de 2008. Não só pelo desempenho de sua banda, mas também pela chance de ver grandes ídolos de perto.

“Nós crescemos ouvindo a essa bandas, né? Tipo Goldfinger, Reel Big Fish. Na época, era muito difícil uma banda gringa dessas vir para o Brasil. Vinha tipo uma em 94 depois outra em 97 e eu ficava triste porque a minha geração de bandas meio que deram uma parada antes de poderem vir para cá”, conta o baixista. “E as bandas que começaram a vir eram bandas de uma geração mais nova. Eu nem sei se essa molecada que vem nos nossos shows curte essas mesmas bandas que eu”.

Fábio falou também sobre os shows do A New Found Glory no Brasil: “Outra banda que me deixou feliz de saber que vem pra cá é o NFG, principalmente porque nós vamos abrir o show deles em Santos (14/11). Vai ser uma honra dividir o palco com os caras”.

Sobre o crescimento dos festivais de hardcore no país, que funcionam em sua ampla maioria com pouco ou nenhum patrocínio da iniciativa privada tampouco das leis de incentivo à cultura, o baixista tem uma opinião otimista.

“Acho que falta cada um ir mostrando mais o que tá rolando de legal na cena. Mostrar pra quem está do seu lado para todo mundo virar a cabeça pra essa mesma direção”, conta ele.

“Eu acho que esse espírito deu uma dispersada porque há uns anos atrás, principalmente no sul do país, rolavam uns festivais grandes mesmo, tipo o de Balneário Camboriú, que era foda”, lembra ele. “Falta mesmo é a galera ficar de cara com a cena e dar mais valor pro que ta acontendo aqui.”

Fabio falou sobre os planos da banda de Juiz de Fora sobre o novo disco e os planos futuros.

“Bom, nome ainda não tem e provavelmente só vai ter um dia antes da data limite.” Ri. “Começamos a fazer as músicas agora e vamos entrar para gravar no final do ano e devemos lançar em março, mais ou menos. Já temos quatro músicas prontas e mais um monte encaminhadas.”

Empolgado, o baixista fala do que espera das gravações e do produto final:

“Agora nós terminamos o nosso estúdio em casa e vamos ficar trancados lá, deixando a barba crescer e só pedindo comida por telefone”, diverte-se. “Vamos ficar trancados até sair do jeito que a gente gosta.”

Veja como foi o show do Strike e das outras bandas no Budafest clicando aqui.

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Fábio, do Strike, fala sobre novo disco e festivais de hardcore