Alguma amiga sua já deve ter comentado algo do tipo: “ah, ele é tão fofo e gente boa. Mas, nossa, beija muito mal…”.

Quando é assim, coitado do menino citado. Já está queimado para o resto da vida com aquele grupinho de meninas! Será então que existe alguma técnica para ele “melhorar” o beijo?

“Beijar bem é relativo, né? Tem gente que se incomoda com muita língua no beijo, já outros preferem justamente assim. Pra mim o mais importante é o amor que se sente. O beijo em si dá pra ‘treinar’ e aprender”, acredita Amanda Loureiro, do alto de seus 18 anos de idade e 5 anos desde o primeiro beijo.

“Além do mais eu descobri que é sério aquele papo que todo mundo fala. O primeiro beijo a gente nunca esquece!”, complementa.

E é verdade. Por mais tempo que faça, todo mundo se lembra da insegurança que antecedeu esse momento marcante, quando você deixa de ser “BV” (“Boca Virgem”).

“Dava muito nervoso e eu achava que ia fazer feio. Evitei algumas vezes com medo de não saber o que fazer com a boca”, confessa a garota; que não parece ter as melhores recordações do dia. “Meu primeiro beijo foi muito estranho, os rostos não encaixavam direito e a língua não sabia para onde ir”.

O que a imensa maioria concorda é que um bom beijo deve ser natural: “acho ruim beijo de balada, em que você nem conhece a pessoa e beija só por beijar”, comenta Henrique Mattos, 20 anos de idade e uma língua afiada: “bom mesmo deve ser beijo triplo”, brinca, dando uma piscadinha sacana para duas amigas a sua volta.

Definir o beijo perfeito é uma tarefa impossível.
Nossos dois entrevistados têm opiniões distintas: enquanto Amanda diz preferir romantismo e carinho, Henrique é adepto de demonstrações mais selvagens de afeto: “costumo deixar o famoso ‘chupão’ e agarrar forte a minha namorada. Mas acho que pra isso tem que rolar um sentimento, eu beijo com vontade porque meu beijo é apaixonado!”

É, casais apaixonados… Essa vai pra vocês!
Ninguém vai deixar de beijar ninguém por causa disso. Mas vale como curiosidade: no beijo ocorre uma intensa troca de substâncias. Você sabia?

Em média, são passados de boca para boca 0,7 decigrama de albumina, 0,8 miligramas de matérias gordurosas, 0,5 miligramas de sais minerais e cerca de 9 miligramas de água. Além disso, são trocadas outras 18 substâncias orgânicas e cerca de 250 bactérias e vírus.

Passadas essas informações, não poderia faltar uma questão sobre saliva para nossos beijoqueiros.

Segundo Henrique, “nada é mais brochante do que uma cuspidinha no meio do beijo. Tenha dó”. Enquanto que Amanda se diverte com isso: “eu uso aparelho e garanto que meu beijo é muito bom (risos)”.

Então quer dizer que você baba, Amanda? “Não! Não não foi isso que eu disse! Babada não dá mesmo”.

E os possíveis defeitos não param por aí. Ela mesma lista alguns: “tem gente que morde, tem gente que beija meio ‘morto’, tem gente que tem mau hálito. Beijo é muito bom, mas pode facilmente se tornar desastroso”.

Já o Henrique estava meio sem idéia de como concluir. Então demos um textinho com frases de efeito para ele ler: “beijo é o símbolo máximo de confiança. Não é à toa que prostitutas não beijam e a máfia italiana o usa como código. É uma mistura de sentidos; envolve paladar, tato e olfato. O beijo perfeito será o próximo beijo! E, claro, não poderia deixar de mandar um grande beijo para a minha namorada!”.


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Existe beijo perfeito?