O rock psicodélico da banda australiana Tame Impala conquistou o público carioca nesta quinta-feira (17) em sua apresentação no bairro boêmio da Lapa, no centro da cidade.
A música da banda de surfistas hippies da cidade de Perth, no oeste da Austrália, demonstrou seu caráter internacional ao reunir um público de 2 mil pessoas no Circo Voador, uma das casas de show mais emblemáticas da cidade.
Uma noite relativamente fria após um dia de chuva que manteve os cariocas afastados da praia foi o contexto para um espetáculo de rock psicodélico, um estilo musical que agrada tanto os roqueiros de espírito como os ‘hipsters’.
Na fila de entrada era possível ver muitas barbas longas e bigodes pronunciados. Dentro não havia ninguém que não fosse alternativo. Todos com um visual moderno, a começar pelos membros da banda de Perth, que parecem ter saído de um naufrágio no litoral australiano.
Contudo, ‘hipsters’ e roqueiros lotaram o recinto para ver o show do grupo que já conseguiu fazer uma turnê mundial após apenas cinco anos de história e com somente dois discos lançados, Innerspeaker (2010) e Lonerism (2012), considerado um dos melhores lançamentos do ano passado. Com eles, o sucesso da banda foi tão veloz quanto o antílope africano que dá nome ao grupo.
O som sujo e psicodélico, com potentes melodias ‘pop’ que remetem ao verão eterno, os colocou onde estão, com o músico Kevin Parker à frente do conjunto, que exibe um visual de surfista hippie australiano, com longos cabelos desgrenhados e descalço.
Com imagens impressionantes no telão ao fundo do palco, o espetáculo começou com Endors Toi e a partir de então ninguém conseguiu mais ficar parado no Circo Voador.
Na sequência vieram Solitude is a Bliss, Alter Ego e It’s Not Mean to Be. O hit Half Full Glass of Wine empolgou o público, que demonstrou conhecer muito bem a música, cantando junto com o grupo e aos gritos de “Tame Impala, Tame Impala”.
No final, quando voltaram para o bis, se despediram com Feels Like We Only Go Backwards, seu maior sucesso.
O Tame Impala ainda teve tempo de tocar mais uma música no Rio: Nothing That Has Happened So Far Has Been Anything We Could Control, encerrando a noite com o melhor do rock alternativo psicodélico.