A presidente Dilma Rousseff revelou neste sábado (19) que, na noite de sexta-feira (18), viu o documentário O Dia que Durou 21 anos, sobre o golpe militar de 1964 no país e ficou surpresa pela “interferência” dos Estados Unidos nesse momento do Brasil.
“Mesmo quem viveu os anos 60 fica surpreso com a extensão da interferência americana no Brasil naquele momento”, escreveu a governante em sua conta do Twitter após assistir ao filme de Camilo Tavares, que recomendou a todos os seus seguidores na rede social.
O documentário, ao qual a presidente assistiu em uma pequena sala de cinema no Palácio da Alvorada, enfoca a situação política anterior ao golpe de 1º de abril de 1964.
Segundo Dilma, “o filme exibe um precioso acervo de gravações e documentos oficiais dos EUA”.
A mandatária acrescentou que o longa “mostra gravações dos presidentes americanos, à época, endossando articulações do embaixador Lincoln Gordon a favor do golpe no Brasil”.
Apesar de sua história pessoal de militância e da recente revelação do esquema de espionagem americano do Brasil, entre outros países, Dilma afirmou que “hoje, na política, não existem inimigos, adversários, apenas visões diferentes, divergências que podem se expressar em uma democracia”.