“Fazer teatro no Brasil não é fácil. Quando a peça é direcionada ao público infanto-juvenil, a situação se complica”. As palavras são da própria Luana Piovani, durante a coletiva de lançamento da peça O Pequeno Príncipe, na tarde desta quarta-feira, no Teatro Shopping Frei Caneca. Entre as dificuldades de se montar um espetáculo infantil, a atriz citou a preferência dos patrocinadores pela televisão, o pouco espaço na mídia, e reclamou da falta de união em torno da cultura.

Mesmo assim, Luana, aos 29 anos e profissionalmente mais madura, não se deixa intimidar pelas dificuldades. “Nada me intimida”, disse ela respondendo à primeira pergunta sobre assumir uma identidade masculina na peça. “Minha maior preocupação é se as crianças vão acreditar que eu sou um menino”.

De longe ninguém duvida. Cabelos curtos repicados, sobrancelhas grossas e unhas por fazer, a atriz vive pela primeira vez a experiência de mudar radicalmente o visual para viver um personagem.

A preparação para a peça exigiu muita dedicação do elenco, que fez aulas de circo para dar vida aos personagens. Somados à boa atuação, figurino e cenário dão um tom atemporal à peça.

Aliás, ela está cada vez mais à vontade no palco. “Eu me realizo no teatro e acredito no teatro infantil”, diz. Para ela, através das peças educativas, que estimulam a criatividade, as crianças podem construir um futuro melhor.

Luana começou sua carreira de produtora na montagem de AMIGAS e, na seqüência, investiu na premiada Alice no País das Maravilhas. Sobre a ‘nova’ carreira de produtora, ela aponta uma grande qualidade: “A produção me possibilita escolher as pessoas com quem eu vou trabalhar. Para mim, são pessoas com quem se pode aprender”.

Entre os escolhidos a dedo para a montagem do Pequeno Príncipe está o renomado João Falcão, responsável pela adaptação do texto do livro para o teatro. Com a ajuda do diretor, Luana buscava dar musicalidade e uma cara brasileira ao espetáculo. Segundo ela, conseguiu.

O sucesso com as crianças lhe rendeu um convite para apresentar o programa infantil Xereta, exibido há dez anos na tevê holandesa, e que já chamou a atenção da TV Cultura. “Sobre isso, as negociações estão bem encaminhadas”, comenta Luana.

Perguntada sobre a possibilidade de produzir um longa infantil, ela joga a bola para João Falcão, deixando claro que vontade existe.

João e Luana se mostraram muito envolvidos com a peça e acreditam que a história irá comover muitos adultos.

Agora, quer saber o que mais comove Luana na história do Pequeno Príncipe?

“O Príncipe dá valor às coisas que são invisíveis aos olhos”, diz.

Se você tiver curiosidade de enxergar essas “coisas invisíveis”, não deixe de ver o mundo “mágico” do Pequeno Príncipe.

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Exclusivo: Luana Piovani e o mundo invisível do Pequeno Príncipe