Mais um sucesso do horário nobre da Globo, a novela Belíssima, também é mais um motivo de polêmica e problemas para emissora. A Federação Israelita enviou uma carta criticando a novela.
Segundo a coluna da Mônica Bergamo, no jornal Folha de São Paulo, o presidente da federação, Jayme Blay, reclamou do desconforto que a comunidade judaica paulista passa por causa do estereotipo criado em cima da família e das tradições judaicas.
O alvo principal é a personagem Éster, interpretada pela atriz Ada Chaseliov, que faz as vezes da vilã. Blay disse que a novela passa uma imagem ruim dos judeus. Avareza, perversidade, malvadez, palavras usadas pelo presidente da federação para relatar os sentimentos da comunidade judaica, que de acordo com ele é sensível por ter uma história de preconceito e discriminação.
Em resposta a emissora diz que a novela aproveita o lado caricata dos personagens, principalmente por ser uma trama envolvida na comédia. Na carta assinada por Luis Erlanger, diretor de comunicação, ele diz que o Brasil é um paraíso de miscigenação racial e religiosa.
Não é de hoje que a emissora enfrenta problemas deste tipo. Várias novelas já passaram por situações parecidas. Homofobia, racismo, discriminação por sexo e religião são temas que sempre acabam causando desconforto em grupos da sociedade.
