(Da redação) A poluição provocada pelos veículos mata indiretamente quase 20 pessoas por dia na região metropolitana de São Paulo. Segundo estudo do Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina da USP, os índices praticamente dobraram nos últimos cinco anos, quando a média era de 12 mortes por dia por doenças cardiorrespiratórias. As informações são do jornal Folha de S. Paulo
Segundo o estudo, a chance de uma pessoa morrer de doença cardiorrespiratória nos 39 municípios da região é atualmente de 10,9%. Sem as emissões veiculares, cairia para 2,4%.
Nos atuais padrões, o ar da região mata indiretamente, por ano, 7.187 pessoas a partir dos 40 anos (grupo de maior vulnerabilidade). São 65% a mais que em 2004, ano da última pesquisa. As principais doenças agravadas são infarto, acidente vascular cerebral, pneumonia, asma e câncer de pulmão.
O estudo estima que a poluição seja responsável também por 13,1 mil internações por ano, com custos de R$ 334 milhões – 25% pagos pelo SUS.
O ar de SP é quase três vezes mais “pesado” que o limite tolerável pela OMS. A concentração média diária de material particulado inalável (partículas mais nocivas, que chegam aos pulmões e causam doenças) é de 28 microgramas por metro cúbico, 18 a mais que o definido como tolerável pela OMS.
O principal motivo para a piora da qualidade do ar em São Paulo é o aumento da frota de veículos nos últimos anos.