(Da redação) Apenas em 41 dos 366 dias do ano passado a qualidade do ar foi considerada totalmente boa na Região Metropolitana de São Paulo. Segundo a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb), em 89% dos dias, ao menos uma das 22 estações de medição registrou concentração de poluentes acima do limite seguro para a saúde.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, dentre as 8.344 medições de 2008, um terço (35%) apresentou índices alarmantes de monóxido de carbono, partículas inaláveis e ozônio (O3). Mais comum em dias quentes, o ozônio é um dos poluentes mais nocivos. Ele é formado a partir do encontro de hidrocarbonetos com óxido de nitrogênio, união facilitada pela alta temperatura.
Especialistas apontam os veículos como os maiores responsáveis pela má qualidade do ar. Prova disso é que dos 41 dias totalmente bons, 17 ocorreram em sábados ou domingos, dias em que a circulação de carros diminui. Além disso, 10 destes dias estão concentrados em janeiro, mês de férias, em que a frota cai 40%.
A má qualidade do ar pode provocar doenças graves como enfarte, derrame, diabetes e infertilidade.
Mortes
Um estudo divulgado nesta semana mostrou que a poluição mata cerca de 20 pessoas por dia na Grande São Paulo. Em 2000, a média era de apenas oito. E mais recentemente, em 2006, o número aumentou para 12.