Dezenas de moradores e donos de estabelecimentos comerciais, localizados próximos ao Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, fizeram hoje (5) manifestação contra uma eventual ampliação das pistas do terminal.
O ato ocorreu no saguão do aeroporto, de onde o grupo saiu em caminhada até à Avenida Washington Luiz, mantendo uma concentração no local onde ocorreu o acidente com o avião da TAM, que matou 199 pessoas em julho de 2007.
O objetivo é tentar barrar o projeto em estudo para a reforma, segundo Renê Cadaval, presidente da Associação dos Moradores do Entorno de Congonhas (Anea). Ele defende que a utilização do terminal seja limitada a aviões com capacidade de transportar, no máximo, 100 passageiros e entende que ampliar a capacidade operacional de Congonhas implicaria uma série de transtornos.
Uma das alegações de Cadaval é quanto às eventuais desapropriações na região, onde estima existir 2.500 casas e 8 mil moradores. Ele coloca em dúvida o processo de indenização das moradias, afirmando que um processo desse tipo sempre ocorre de forma demorada e com o risco de os proprietários acabarem recebendo verbas insuficientes para cobrir o valor pago em uma vida inteira de sacrifícios para obter o imóvel.
O presidente da associação defende ainda que qualquer ampliação da estrutura operacional seja transferida para cidades do interior, como por exemplo Viracopos, em Campinas, que acredita estar subutilizado.
Segundo o Ministério da Defesa, não existe nada de concreto, por enquanto, sobre o que se pretende fazer em Congonhas. Estudos sobre a possibilidade de melhoria na capacidade operacional estão sendo feitos na Secretaria de Aviação Civil (SAC) e na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
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