O diretor da CIA (Agência de
Inteligência americana), Leon Panetta, anunciou nesta quinta-feira (9) o fechamento
das prisões secretas dos Estados Unidos no exterior.
O diário “The New York Times” informou em sua página na internet
que Panetta fez o anúncio por email enviado aos
funcionários da CIA.
Nessas prisões, supostos membros da Al Qaeda foram submetidos a
métodos de interrogação considerados torturas.
No entanto, Panetta disse na mensagem que os envolvidos nesses
interrogatórios “não deveriam ser investigados ou punidos”, porque
suas ações foram consideradas legais durante o Governo George W.
Bush.
O diretor da CIA e outros funcionários do Governo Barack Obama
assinalaram que métodos de interrogatório de prisioneiros como o de
afogamento simulado – utilizados em 2002 e 2003 – são atos de
tortura ilegais sob a lei internacional e americana.
O “New York Times” citou um relatório da Cruz Vermelha
Internacional que indicou que os prisioneiros foram também
espancados, obrigados a se manter de pé durante dias com as mãos
amarrada ao teto, confinados em caixas e retidos em celas sob baixas
temperaturas.
Segundo o jornal, Panetta indicou que essas instalações já não
estão em operação, mas explicou que foram mantidas desde 2006 para
trabalhos de segurança e manutenção.
A CIA nunca revelou onde se encontram essas prisões secretas, mas
o “New York Times” indicou que – segundo fontes da Inteligência,
registros de aviação e informações de imprensa – estariam no
Afeganistão, Polônia, Romênia e Jordânia.
Segundo fontes oficiais ouvidas pelo jornal, foram levados a
essas prisões mais de 100 suspeitos de terrorismo.
Quatorze desses prisioneiros foram transferidos ao centro de
detenção de Guantánamo, em Cuba, que Obama prometeu fechar no
período de um ano.