Por 29 votos a 16, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro rejeitou, na última terça (31), um projeto que autorizava o uso de cerol em linhas de pipa em todo o estado. De autoria do deputado Alessandro Calazans (PMN), o projeto condicionava o uso do material a partir de 200 metros das vias expressas e somente nos primeiros 15 metros de linha.

O cerol é uma mistura de cola e pó de vidro, usada para cortar a linha de outras pipas, mas que acaba provocando inúmeros acidentes, inclusive fatais, principalmente entre ciclistas e motociclistas, mas também com pedestres e animais. Sua utilização é proibida em quase todo o país e, no Rio, desde 2001, quando foi aprovada uma lei proposta pelo deputado Uzias Mocotó.

A apresentação do projeto de Calazans surpreendeu e até chocou representantes de entidades como a Associação dos Motociclistas do Estado do Rio e da campanha nacional Cerol Não!, que consideram a ideia um retrocesso.

Na justificativa que acompanhava o projeto, o deputado dizia que a intenção era “preservar a manutenção de uma prática que continua encantando crianças e jovens de todas as classes sociais” e que a proibição ao uso do cerol “tem causado enormes prejuízos a vários profissionais que, de forma artesanal, vêm, há anos, trabalhando nesta atividade em nosso estado”.

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Deputados cariocas vetam volta do cerol