O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou na quinta-feira (21/05) a nacionalização de quatro empresas metalúrgicas produtoras de briquete e uma de canos de aço.
Estas empresas contam com capitais japoneses, mexicanos, europeus e australianos, e operam na região de Guiana, no sul da Venezuela.
Chávez também anunciou a nacionalização da empresa local Cerámicas Carabobo, após ter ameaçado comprá-la em 2008 caso não fosse solucionado um conflito que envolvia seus trabalhadores.
“Este setor está nacionalizado, não há o que discutir”, disse Chávez em um ato oficial com sindicalistas em Guiana, transmitido em cadeia nacional obrigatória de rádio e televisão.
“As empresas Matesi, Comsigua, Orinoco Iron, Venprecar, Cerámicas Carabobo e Tubos Tavsa estão nacionalizadas”, disse o governante, sob o aplauso dos sindicalistas.
Segundo fontes sindicais venezuelanas, a Matesi pertence ao consórcio ítalo-argentino Techint, proprietário da Siderúrgica do Orinoco (Sidor), nacionalizada no ano passado pelo Governo Chávez, que pagará US$ 1,97 bilhão pela empresa, em um acordo acertado no começo deste mês.
Orinoco Iron e Venprecar pertencem a um consórcio formado por capitais locais e o grupo australiano-britânico BHP Billiton.
A Comsigua conta com participação do grupo Kobe Steel, de capitais japoneses e europeus, enquanto a Tubos Tavsa tem capital do consórcio Tenaris.
Chávez assinalou que a nacionalização dessas empresas é um passo “indispensável para poder criar um grande complexo industrial homogêneo” na região de Guiana.
Segundo a imprensa local, as empresas produtoras de briquete se encontram praticamente paralisadas desde o anúncio da nacionalização da Sidor, em maio de 2008.