A Fundação Internacional Mozarteum apresentou hoje, em Salzburgo, pela primeira vez em público duas breves obras de um livro de partituras que possui desde 1864, após descobrir que foram compostas pela então criança prodígio Wolfgang Amadeus Mozart.
Assim confirmaram hoje, em entrevista coletiva, em Salzburgo, os responsáveis e especialistas da fundação, segundo a imprensa austríaca.
Até agora, as 18 peças que integram o livro de notas de Nannerl (Nannerl era o apelido da irmã de Mozart) eram atribuídas ao pai do famoso músico, Leopold Mozart, ou a autores anônimos.
Mas, após estudar toda uma série de indícios, os analistas chegaram à conclusão de que foram criadas pela criança prodígio que então era Wolfgang Amadeus Mozart, afirmou a fundação.
Trata-se de um movimento de concerto para piano, de 75 compassos e cinco minutos de duração, e de um prelúdio de um minuto, cujas partituras foram passadas pelo pai do famoso compositor à mão para o papel, mas “o estilo das composições não corresponde à autoria de Leopold”, disse um pesquisador da fundação.
Os especialistas estão agora praticamente certos de que o pequeno Mozart criou estas peças e as tocou no piano para o pai, que depois escreveu as notas e as corrigiu.
O gênio que mais adiante criaria A Flauta Mágica tinha então entre 7 e 8 anos, e nestas obras se vê como “um músico jovem mostrou o que podia (fazer). Além disso, o movimento tem erros de composição que nunca aconteceriam com o experiente Leopold”, disse o especialista.