O Ministério de Cultura da China vai iniciar uma campanha contra o uso de playback em atuações musicais no país, que serão gravadas e inspecionadas e se multará os artistas que só finjam estar cantando.

Segundo informou uma circular do Ministério publicada em seu site oficial, a partir de outubro todas as apresentações musicais no país deverão ser gravadas pelos organizadores para mandar uma cópia aos inspetores, e aqueles que não o façam serão multados com 3.000 iuanes (US$439 dólares).

O vice-ministro de Cultura chinês, Tuo Zuhai, disse a agência oficial Xinhua que fazer playback “é uma grosseira violação das leis e regras” e não só danifica os direitos dos consumidores, mas também os dos cantores e músicos.

Leis contra o playback foram instauradas na China depois que na cerimônia de inauguração dos Jogos Olímpicos de Pequim, no ano passado, se descobriu que uma menina que protagonizou um número musical não era quem cantava na realidade.

Esse playback, que foi visto por cerca de 4 bilhões de telespectadores no mundo todo, foi usado por alguns para ridicularizar a caríssima cerimônia que Pequim queria que saísse à perfeição.

Meses antes, em outro incidente que não ficou tão famoso internacionalmente mas gerou muita polêmica dentro da China, a célebre atriz chinesa Zhang Ziyi também foi pega movimentando fazendo playback na festa de gala do Ano Novo chinês, o que também gerou inúmeras críticas.


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Governo chinês declara guerra ao playback