A Edunia, um híbrido de flor e homem, é a principal atração da exposição CyberArts, do festival Ars Electronica de Linz, que dedica sua 30ª edição à manipulação da natureza humana e à revolução digital.à primeira vista, a Edunia parece uma planta normal, semelhante a petúnia, de belas flores rosadas, mas é a peça central do projeto História Natural do Enigma, do artista brasileiro Eduardo Kac, que vive nos Estados Unidos.

“É uma ‘plantanimal’, uma nova forma de vida que chamo ‘Edunia’, de minha criação. Trata-se de uma flor produzida por engenharia genética que é um híbrido de mim mesmo e de uma petúnia. A Edunia expressa meu DNA exclusivamente em suas veias vermelhas”, explica Kac em um vídeo apresentado na mostra.

Por esta mistura de flor e ser humano, o artista recebeu a Golden Nica na categoria Arte Híbrida da 30ª edição da Ars Electronica, um dos festivais mais renomados dedicado à arte de vanguarda, à tecnologia e à sociedade. A diferença com uma petúnia convencional é o fundo rosáceo da pétala, no qual se pode ver as veias vermelhas.

Segundo Kac, esta planta desperta no público a consciência da origem comum de toda forma de vida. O isolamento da sequência de codificação de seu DNA foi feito pelo artista de uma amostra de seu sangue.

 “O DNA do meu IgG é integrado ao cromossomo da Edunia. Isto quer dizer que cada vez que a Edunia se propagar por meio de sementes, meu gene estará presente nas novas flores”, afirmou Kac.

A manipulação da natureza humana e a revolução digital são o foco da 30ª edição da Ars Eletrônica realizado em Linz, na Áustria.


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Festival premia flor que leva gene humano em sua semente