O ministro de Assuntos Exteriores da França, Bernard Kouchner, e seu colega polonês, Radoslaw Sikorski, escreveram uma carta à secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pedindo-lhe que intervenha a favor da libertação do cineasta franco-polonês Roman Polanski.
“Escrevemos a Hillary Clinton” pedindo clemência à Justiça americana, declarou o chefe da diplomacia francesa à emissora <i>France Inter</i>.
“Esta história é um pouco sinistra”, disse Kouchner, que disse não colocar em questão a Justiça Internacional, mas “a forma como ela foi utilizada” neste caso.
Na opinião do ministro francês, não é normal a maneira como Polanski foi detido no sábado em Zurique, onde a Polícia o esperava porque sabia que tinha aceitado viajar à Suíça para receber um prêmio.
Sikorski, por sua vez, anunciou ontem a intenção de pedir clemência aos EUA. Ele também não descartou a possibilidade de fazer um pedido formal ao presidente americano, Barack Obama.
Polanski, de 76 anos, foi detido com base nem em uma ordem internacional de prisão emitida por um tribunal de Los Angeles.
O caso remonta a 1977, quando os pais de uma adolescente de 13 anos decidiram processar o cineasta por drogar e estuprar a menina, que era modelo.