O Ministério da Educação (MEC) ainda não decidiu se manterá o contrato com a empresa responsável pela impressão, distribuição e aplicação da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Uma reunião nesta quinta-feira (1º) à tarde entre representantes do MEC, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e do Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção (Conasel), cuja empresa líder é a Consultec, da Bahia, irá definir os próximos passos e tentar mapear como pode ter ocorrido o vazamento da prova.
De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, ainda não é possível dizer se o conteúdo vazou de dentro do Inep, no processo de impressão ou distribuição. Mas, como a jornalista do O Estado de S. Paulo teve acesso a uma prova impressa, ele acredita que isso tenha ocorrido após passagem do material pela gráfica responsável pela impressão, a Plural, de São Paulo.
Felizmente isso ocorreu antes de a prova ser aplicada, senão nós teríamos que cancelar a prova e o prejuízo seria muito maior, avaliou Haddad. De acordo com o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, o ponto mais sensível a fraudes é a distribuição. As provas já estavam nessa fase. Elas já tinham sido encaminhadas para algumas localidades, especialmente no Norte do país. Os custos para imprimir as novas provas que já estão elaboradas será de cerca de R$ 36 milhões, 30% do valor do contrato com a empresa.
Segundo o ministro, a segurança do Enem este ano foi reforçada. Caso a investigação da Polícia Federal (PF) responsabilize o consórcio, um novo contrato emergencial pode ser feito, sem necessidade de licitação. Entretanto, nenhuma outra empresa se candidatou na primeira licitação para fazer esse serviço. O ministro não soube informar de que forma a empresa pode ser punida caso seja responsabilizada pela fraude.