O relações públicas da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro, o major Oderlei Santos, foi exonerado do cargo nesta sexta-feira (23) por minimizar a atuação dos dois policiais acusados de omissão de socorro a Evandro João Silva, coordenador do grupo AfroReggae, que foi morto no domingo.
Santos foi afastado do cargo a pedido do governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que não gostou dos comentários que o oficial fez ontem sobre o caso.
O major disse a jornalistas que a omissão de socorro à vítima, que ainda estava viva quando os policiais chegaram, o fato de terem permitido a fuga dos assassinos e de os pertences roubados terem sido levados para o carro patrulha foi somente “um desvio de conduta”.
O assalto e assassinato de Silva, de 42 anos, foi gravado por câmeras de segurança de vários estabelecimentos do centro da cidade, onde ocorreu o crime.
Os acusados são o capitão Denis Leonard Nogueira Bizarro e o cabo Marcos Oliveira Salles, que estão sob prisão administrativa em um quartel da instituição.
Santos “não se comportou como um porta-voz da instituição. Se comportou como advogado de defesa dos policiais”, disse Cabral.
No entanto, o comandante geral da PM do Rio, o coronel Mário Sérgio Duarte, disse que “os atos não foram minimizados” nas declarações do antigo relações públicas.