Os australianos do AC/DC finalmente estão chegando a São Paulo para a turnê de seu mais recente álbum, Black Ice. O quinteto se apresenta nesta sexta no estádio do Morumbi, local que recebe os maiores shows que acontecem na capital paulista.

O guitar hero Angus Young e companhia chegam por aqui pela terceira vez em sua carreira – primeira desde 1996, quando lotaram o estádio do Pacaembu, também na capital paulista, durante a turnê Ballbreaker.

Para deixar o internauta mais ainda no clima do show, o Virgula Música fez uma lista para comentar todos os álbuns do grupo australiano em ordem cronológica, dando destaque àqueles que não podem faltar na discoteca de qualquer fã de rock que se preze.

Que fique claro: as citações dos primeiros discos se referem às versões australianas dos álbuns da banda, já que muitas prensagens internacionais dos LPs do AC/DC tem faixas diferentes das originais até 1977.

Vamos à lista!

High Voltage (17/03/1975) – Apesar de ser o disco de estreia da banda, a versão original do LP não é tão cultuada quanto sua versão internacional, que saiu em 1976 com várias faixas extras. O destaque fica por conta do hino You Ain’t Got a Hold on Me.

TNT (01/12/1975) – Clássico essencial em qualquer discografia de blues-rock que se preze, TNT revelou ao mundo o poder da voz de Bon Scott e a guitarra falante de Angus Young. Neste álbum estão It’s a Long Way to the Top (If You Wanna Rock ‘n’ Roll), The Jack, High Voltage, a faixa-título e um cover impressionante de School Days e seu riff praticamente sagrado, escrito pelo mestre Chuck Berry.

TNT

Dirty Deeds Done Cheap (08/09/1976) – Algumas das mais controversas letras da história da banda estão aqui, incluindo a faixa-título, Problem Child, Ride In, Squealer e a mais do que cultuada Jailbreak, talvez o maior hit da banda gravado pela voz de Bon Scott, ao lado de Highway to Hell.

Let There Be Rock (23/07/1977) – Casa de Whole Lotta Rosie e Dog Eat Dog, este foi o último disco com a presença do baixista Mark Evans e deu nome ao filme que a banda lançou em 1980 em homenagem à morte de Bon Scott.

Powerage (25/05/1978) – Este foi o primeiro disco da banda lançado simultaneamente no mundo todo, com clássicos do calibre de Riff Raff, Rock n’ Roll Damnation, Sin City e Gone Shooting.
Foi também o primeiro trabalho de estúdio do baixista Cliff Williams
com a banda. Até hoje, Williams é o responsável pelas quatro
cordas do AC/DC.

Powerage

Highway to Hell (27/07/1979) – Último álbum da banda com Bon Scott, um dos maiores cantores de rock que o mundo já viu. Além da
faixa-título (favorita entre os fãs mais antigos), o LP traz Touch Too Much, Get It Hot, Girls Got Rhythm, Shot Down In Flames e Beating Around The Bush. Mais um clássico definitivo do grupo australiano.

Highway To Hell

Back In Black (25/06/1980) – O maior clássico de toda a
discografia da banda surpreendeu até os fãs mais descrentes com o novo vocalista, Brian
Johnson
. As dez faixas são clássicos imortais, mas não podemos deixar
de citar Shoot To Thrill, Shake a Leg, Hells Bells, Back In Black e You Shook Me All Night Long.

Back In Black

For Those About to Rock (23/11/1981) – “A todos que querem agitar, nós os saudamos”. Com um título desses, o disco nem precisaria de Spellbound, COD, Put the Finger on You e da faixa-título para estar gravado pra sempre na memória dos roqueiros.

Flick of the Switch (15/08/1983) – Primeiro disco produzido pela própria banda, este álbum curto (apenas 37 minutos gravados) é um dos menos lembrados pelos fãs da banda. Mesmo assim, nele estão Guns for Hire, Rising Power e Landslide, que têm grandes riffs de Angus Young.

Fly on The Wall (25/06/1985) – Também produzido pela banda, o disco possui os sucessos Danger e Sink the Pink, mas é considerado o pior de toda a carreira do AC/DC.

Who Made Who (24/04/1986) – Lançado como trilha do filme Comboio do Terror
(Maximum Overdrive, dirigido e escrito por Stephen King), o disco traz
algumas regravações e três músicas inéditas que ficam entre as favoritas
dos fãs: a faixa-título, Chase the Ace e DT. Mesmo assim, vendeu cinco milhões de cópias nos Estados Unidos.

Who Made Who

Blow Up Your Video (18/01/1988) – Mais um disco que acabou ofuscado por outros clássicos. Embora tenha hits massivos, como That’s the Way I Wanna Rock ‘n’ Roll e Ruff Stuff, deixa a desejar no quesito unidade quando comparado a seus antecessores.

The Razors Edge (21/09/1990) – Saudando os anos 90, o álbum já abre com o megahit Thunderstruck e ainda passa por momentos memoráveis como Money Talks, Shot of Love, If You Dare e Let’s Make It, abrindo caminho para uma fase de discos mais espaçados e riffs cada vez mais pesados das guitarras dos irmãos Young.

Razors Edge

Ballbreaker (26/09/1995) – O retorno triunfal do AC/DC depois de
cinco anos de silêncio culminou na maior turnê mundial que a banda fez
desde o início da carreira, com shows que passaram inclusive pelo Brasil.
Só pra citar algumas faixas, estão no disco Hard As A Rock, Burnin’ Alive, Love Bomb, Hail Caesar, Cover You In Oil e a poderosíssima faixa-título, até hoje presente no setlist dos shows da banda.

Ballbraker

Stiff Upper Lip (28/03/2000) – Após mais cinco anos sem lançar nenhum disco, o AC/DC lançou no início desta década seu muito elogiado 14º disco de estúdio, que não conquistou tanto aos fãs como à crítica. Os destaques do CD vão para Safe In New York City, Meltdown, Satellite Blues e House of Jazz.

Black Ice (17/10/08) – Oito anos se passaram desde o disco anterior até que Black Ice
chegasse às lojas como um novo sopro de fôlego para os
veteranos roqueiros. Divulgado em mais uma turnê monstruosa, o disco
reacendeu a paixão dos seus veteranos fãs pela banda, graças
a petardos como Rock n’ Roll Train, War Machine, Decibel, Anything Goes, Wheels, Black Ice e Rock n’ Roll Dream.

Black Ice

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