Derrotado em finais intercontinentais por São Paulo e Internacional, o Barcelona aposta em mais que a ausência de rivais brasileiros para conquistar o Mundial de Clubes pela primeira vez na história.

A primeira decisão foi contra o tricolor paulista, em 1992, quando o torneio ainda se chamava Copa Intercontinental.

Mesmo com astros como o goleiro espanhol Zubizarreta, o zagueiro holandês Koeman e o atacante búlgaro Stoichkov, o time do técnico Johan Cruyff perdeu de 2 a 1, de virada, com Raí marcando para os brasileiros no Estádio Nacional de Tóquio.

No ano de 2006, já no formato atual, o Barça de Ronaldinho Gaúcho foi derrotado pelo placar de 1 a 0. O autor do único gol no Estádio Internacional de Yokohama foi o meia Adriano Gabiru.

Vencedor da Liga dos Campeões, do Campeonato Espanhol e da Copa do Rei na temporada passada e das Supercopas da Espanha e Europa na atual, o treinador do time agora é Guardiola, que esteve em campo no ano de 1992.

As apostas da equipe estão no trio formado pelo argentino Lionel Messi e os espanhóis Iniesta e Xavi, todos formados nas categorias de base e indicados ao prêmio de Melhor Jogador do Mundo da Fifa.

Um título seria especial para os dois últimos, que estiveram em campo na derrota para os gaúchos. O argentino também deveria atuar, mas fraturou o pé esquerdo um mês antes do torneio e não foi inscrito.

O time catalão vai para os Emirados Árabes como líder do Espanhol e em boa situação para avançar às oitavas da Liga deste ano. Por isso, aparece como forte favorito à conquista do Mundial.

Entretanto, Guardiola tenta conter a euforia e aposta que Messi, eleito Bola de Ouro na semana passada, será o destaque. Porém, não conta mais com os gols do artilheiro camaronês Samuel Eto’o, vendido à Inter de Milão como parte da transação pelo sueco Zlatan Ibrahimovic.

Esta parece ser a grande oportunidade do Barca, que chegará a Abu Dhabi como campeão europeu, bem no Espanhol e com suas estrelas em boa fase.

Dois brasileiros estão no elenco: o lateral-direito Daniel Alves, titular absoluto e peça fundamental no esquema de Guardiola, e Maxwell, reserva do francês Abidal pela esquerda.

O Mundial de Clubes também aparece como oportunidade para que jogadores já consagrados no cenário internacional, como os próprios Xavi e Iniesta, ou o francês Thierry Henry, acrescentem um título de importância ao seu recheado currículo.

Os catalães estreiam na competição já na semifinal, dia 16, enfrentando quem sair do duelo entre os mexicanos do Atlante e o vencedor da partida entre o Al-Ahli local e o Auckland City, da Nova Zelândia.

Todos os prognósticos apontam o Barça enfrentando o Estudiantes de La Plata na decisão do Mundial, dia 19. E como o rival não é brasileiro, é bem grande a chance de o time não ser influenciado pelos traumas do passado e conquistar a taça.


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Sem brasileiros pelo caminho, Barça busca primeiro título mundial