A ilha de Tuvalu, no Oceano Pacífico, roubou neste sábado todas as atenções na sessão plenária da cúpula sobre a mudança climática, que acontece em Copenhague (Dinamarca), ao pedir aos 192 países participantes que tomem medidas urgentes para frear o aquecimento global e evitar o desaparecimento do país.
Com lágrimas nos olhos, o representante de Tuvalu na conferência, Ian Fry, também pediu aos países em desenvolvimento que assumam um compromisso vinculativo quanto à redução de suas emissões e ajudem a salvar a minúscula nação, que tem 11.600 habitantes.
“O destino do meu país está nas mãos de vocês”, declarou Fry, que antes disse ser irônico que, para uma decisão ser tomada dentro do fórum, é preciso esperar o Senado dos Estados Unidos aprovar a proposta do presidente Barack Obama sobre o tema.
A ilha e os atóis de Tuvalu, que conquistou sua independência em 1978, têm uma altitude máxima de não mais que cinco metros sobre o nível do mar. Por isso estão seriamente ameaçados pela elevação do nível dos oceanos, uma das principais consequência do aquecimento global.
Segundo alguns estudos científicos, caso a temperatura do planeta continue a subir no ritmo atual, a ilha de Tuvalu vai ser engolida pelo mar por volta de 2050.
Nos últimos dias, a ilha se tornou uma pedra no sapato dos países emergentes, dos quais cobra compromissos vinculativos de redução nas emissões de dióxido de carbono (CO2), algo a que, segundo o Protocolo de Kyoto, apenas as nações ricas estão obrigadas.