As informações sobre irregularidades na construção e ampliação da Pousada Sankay, soterrada por um deslizamento de terra na madrugada de hoje (1º), na Praia do Bananal, em Ilha Grande, foram negadas pelo secretário de Obras da prefeitura de Angra dos Reis, Ricardo Tebet.

“A pousada tem pelo menos 20 anos, era de uma família japonesa, não tinha nada de irregular”, afirmou, enfatizando que as chuvas que atingiram a região durante 40 horas foram o equivalente a mais da metade dos quase 200 milímetros verificados em todo o mês passado.

“O arrasto de terra e pedra foi de mais de 50 metros, é até maldade falar em situação irregular diante de um desastre como este. A Defesa Civil da prefeitura já está fazendo o levantamento de imóveis em situação de risco, que são 146 até o momento, a grande maioria da população de baixa renda”, completou.

A Pousada Sankay foi adquirida em 1994 pelo casal Sônia e Geraldo Faraci, que trocou Belo Horizonte pelo litoral fluminense. Considerada uma das mais luxuosas e caras da região, a Sankay oferecia suítes e apartamentos com o conforto comum aos melhores endereços turísticos.

Em suas acomodações, a pousada oferecia “ventiladores, ar condicionado, frigobar, varanda com rede, parabólica, secador de cabelo, espelho de aumento para maquilagem e banho quente 24 horas”, segundo propaganda própria. Dispunha também de biblioteca, lareira, sala de TV e vídeo/karaokê, sala de jogos, sauna a vapor, sala de ginástica e musculação, playground para crianças e piscina.

A Sankay tinha cinco tipos de suítes, com diárias entre R$ 390 e R$ 540 na alta temporada para o casal, incluindo café da manhã e jantar, passeios de barco e dois para a cidade de Angra dos Reis.


int(1)

Prefeitura de Angra nega que pousada atingida por deslizamento estivesse irregular