Depois de mais de 14 meses de atraso, o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), deve realizar seu maior teste no próximo dia 30. O acelerador de partículas, um túnel circular de 27 quilômetros de extensão entre as fronteiras da Suíça e França, deve atingir uma potência nunca antes observada.

Cientistas esperam que, com o choque entre partículas subatômicas aceleradas à uma altíssima velocidade, seja possível comprovar algumas das mais importantes teorias da física, entre elas a do Big Bang, a grande explosão inicial que teria dado origem ao nosso universo há cerca de 14 bilhões de anos. Os choques gerariam novas partículas que cientistas, até o momento, nunca conseguiram observar na prática.

De acordo com um comunicado divulgado pelo Cern, o centro de pesquisas onde se encontra o equipamento, a experiência é um grande desafio, algo como lançar duas agulhas de ambos os lados do Atlântico para que se choquem no meio do oceano.

Máquina do Fim do Mundo

O LHC foi inaugurado em setembro de 2008, depois de mais de uma década de construção e três bilhões de euros investidos. Cerca de dois mil físicos de 35 países participam do projeto. Mais de 1,2 mil superimãs, com peso total de 35 toneladas, são responsáveis por acelerar as partículas. Quatro detectores, do tamanho de um prédio de cinco andares, monitoram as colisões.

Enquanto a data do primeiro teste se aproximava, começaram a surgir rumores de que o equipamento poderia representar o fim do mundo devido aos resultados imprevistos que as partículas poderiam ter ao serem aceleradas a velocidades muito grandes. O medo era que a energia gerada nas colisões entre as partículas poderia até provocar um buraco negro e destruir o planeta, embora cientistas afirmem que mesmo que um buraco negro fosse gerado, sua força seria muito pequena para causar qualquer estrago.


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"Máquina do fim do mundo" deve atingir sua maior potência no dia 30 de março