Um verdadeiro fenômeno nos Estados Unidos, as Twilight Moms também estão entre nós. Mas, diferente das quase sempre histéricas americanas, as “Mães Crepúsculo” brasileiras são bem tranquilas e se interessam muito mais por Edward, Bella e Jacob do que por Robert Pattinson, Kristen Stewart ou Taylor Lautner.

Mas o que existe de tão atraente nas histórias de Stephenie Meyer para essas mulheres adultas, casadas e mães – em alguns casos, inclusive, de adolescentes que também são fãs?

“A saga Crepúsculo é uma das mais belas histórias de amor, não importa a forma, a idade, a época”, resume Sheila Preussler, que tem 37 anos e três filhos, com idades entre dois e 19 anos. Ela conta que seu primeiro contato aconteceu através de um irmão, de 31 anos. “Confesso que logo de cara achei diferente, pois, em comparação às outras histórias de vampiros, não tinha carnificina..rs. Até que um dia, passando pelo cinema perto de casa, vi a continuação, estava em cartaz Lua Nova. Aí a febre pegou e ” arde” até hoje”, brinca.

“Sempre escuto que isso é coisa de adolescente. Até mesmo familiares criticam dizendo que eu não cresci, que sou imatura, mas não vejo dessa maneira. Todos temos algo de que gostamos muito. Meu marido adora videogame e eu o Crepúsculo. Somos jovens de espírito. As pessoas tem que deixar o preconceito de lado e passar a curtir as coisas boas da vida. Eu não ligo para que os outros pensem ou digam a respeito disso, eu amo a saga e vou continuar lendo, vendo os filmes quantas vezes eu tiver vontade”, diz Janaina M. Dutra, que aos 27 anos tem um filho de dois anos e nove meses e uma menina com um ano e quatro meses.

A mesma segurança tem Jacqueline A. Silva, de 34 anos, mãe de quatro filhos. “Cá entre nós, acho que idade está na cabeça de cada um, não acho imaturo gostar de filme teen e banda teen, acho imaturo não ter responsabilidade e não cuidar do que lhe compete, de modo que não me incomodo com preconceitos”.

Livros x Filmes

Janaina conheceu a saga quando viu Crepúsculo na TV, mas hoje prefere os livros. “Eu li e reli várias vezes todos os livros, até mesmo o da Bree Tanner, que é uma história de Eclipse. Os filmes são ótimos, mas deixam um pouco a desejar. Muitos detalhes são modificados para reduzir o tempo de filme e acabamos perdendo algumas coisas”.

Mas ela tem boas expectativas para Eclipse. “Eu estou esperando que seja o melhor dos três filmes, pelo menos todas as críticas apontam pra isso, pois o diretor mudou o roteiro tornando o filme de sentimental para mais agressivo, desde as lutas entre os recém-criados com os Cullen e os lobos até a submissão do Edward para o ciúme em relação a Bella e Jacob”, explica.

Curiosamente, é justamente esse o medo de Sheila. “Já sabemos que terá mais ação (até mesmo porque o livro é assim), mas espero que não perca o foco central que são os conflitos emocionais, a beleza de sentimentos paradoxalmente existente entre eles e não somente a disputa de Edward e Jacob por Bella, tornando o filme menos romântico”.

As três contam ainda que já tinham interesse por histórias de vampiros, em filmes como Drácula e Entrevista com o Vampiro, mas que agora ficou difícil achar graça em outro ser da espécie que não seja um Cullen. “Já gostei de outros filmes de vampiros, acho a história que envolve o mito “vampiro” sempre misteriosa e sensual”, explica Jacqueline. “Eu gostava de Entrevista com o Vampiro, mas agora aqueles vampiros parecem meio bobos, então atualmente é só Crepúsculo mesmo”, acrescenta Janaina.

E se Jacqueline, Janaina e Sheila concordam em tantas coisas, na hora de escolher seu favorito não poderia ser diferente. “Adoro o Jacob, o amor e a amizade que ele sente pela Bella. Mas eu sou Team Edward com certeza!”, declara Janaina, resumindo a escolha das três.

E Jacqueline aproveita ainda para mandar um recado encorajador: “Mulheres maduras, mães, esposas, não tenham vergonha de gostar de algo que dizem que não compete a sua idade… Brazilian Twilight Moms, assumam!!!”


int(1)

Brasil também tem suas Twilight Moms; saiba mais sobre elas